Mãe de menino autista de 11 anos morto pelo próprio pai se pronuncia e desabafa: ‘Não passava pela minha cabeça’; VÍDEO
A mãe do menino autista de 11 anos que foi morto pelo próprio pai fez um desabafo diante do ocorrido e expressou seus sentimentos.

Após o assassinato de seu filho autista de 11 anos, a mãe do menino Arthur Davi Velasquez fez um desabafo desolador, nesta última segunda-feira, dia 3 de novembro, durante o enterro da criança. Em entrevista à TV Cabo Branco, Aline Lorena contou que preparou tudo para a viagem do filho com o pai, que confessou o crime, e que nem em seu pior pesadelo imaginou o que iria acontecer.
A mãe, muito abalada, detalhou os cuidados que teve antes de entregar o filho ao pai, Davi Piazza Pinto. “Arrumei a roupinha dele, falei: ‘ele tem o fonezinho abafador, como ele é uma criança autista, pode ser que ele se irrite no caminho, mas me avisa’”, contou.
Com a notícia do ocorrido, a mãe, aos prantos sobre o caixão, relembrou a luta pela vida do filho. Ela contou que se tratou de uma criança incrível, que nasceu de cinco meses e com apenas 800 gramas e que batalhou a vida inteira por ele.
A mãe declarou que jamais passou pela sua cabeça o que aconteceu e que não há justificativa e que agora apenas cabe à Justiça resolver a situação. “Não passava pela minha cabeça”, declarou.
A morte do menino, que também tinha deficiência visual, foi causada por asfixia por sufocação, segundo o IML. O crime teria ocorrido no sábado (1º), em um apartamento em João Pessoa, horas depois de o pai pegar a criança.
A polícia informa que, após matar o filho, o pai levou o corpo em um carro de aplicativo e o enterrou em uma cova rasa. Desde o final de semana, o caso chocou a Paraíba e Santa Catarina.
O pai, que tinha pouco contato com o filho, procurou a mãe com a intenção de restabelecer os laços e levá-lo para morar com ele em Florianópolis. No domingo (2), ele ligou para a ex-esposa, confessou o crime, indicou o local do corpo e se entregou à polícia.
No momento, o pai da criança está preso e aguarda os trâmites judiciais. O corpo de Arthur foi sepultado no Cemitério do Cristo Redentor, em João Pessoa, em meio a uma grande comoção de amigos e familiares, que agora clamam por justiça.





