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Jovem fica 6 anos presa injustamente e após conseguir liberdade, morre de câncer

A jovem ficou presa por cerca de 6 anos e morreu de câncer apenas poucos dias depois após ter sido absolvida. O caso gerou tristeza.

Após uma longa e injusta prisão que lhe custou a saúde, a jovem Dâmaris Vitória Kremer da Rosa teve um triste desfecho, nesta última segunda-feira, dia 27 de outubro, aos 26 anos de idade. A jovem morreu em decorrência de um câncer de colo do útero, diagnosticado na cadeia, apenas 74 dias após ser absolvida por um crime que não cometeu.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), em nota oficial, detalhou o processo. A jovem passou quase seis anos em prisão preventiva, acusada de envolvimento em um homicídio. A jovem foi sepultada na segunda-feira em Araranguá, em Santa Catarina, como uma mulher livre, mas sem qualquer chance de recomeçar a vida.

Com a notícia do ocorrido, a falha do sistema judicial veio à tona. A nota do TJRS confirma que, embora a defesa alegasse “motivo de saúde” desde novembro de 2024, os pedidos de soltura foram negados devidos aos documentos apresentados. De acordo com eles, se tratavam apenas de “receituários médicos, sem apontar qualquer patologia existente” ou diagnósticos claros. A defesa da jovem sempre alegou que ela era inocente.

Dâmaris foi presa em 2019, acusada de atrair Daniel Gomes Soveral para a morte. No entanto, os advogados afirmam que ela apenas contou ao namorado que havia sido estuprada pela vítima, e o namorado, por conta própria, cometeu o assassinato.

Desde o ano passado, Dâmaris já apresentava saúde debilitada na prisão, com sangramentos e dores. Foi somente em março de 2025, com o agravamento do quadro e o diagnóstico oficial de “neoplasia maligna”, que a Justiça converteu sua prisão em domiciliar.

Em agosto, o Tribunal do Júri finalmente a absolveu por falta de provas. No momento, a morte de Dâmaris, apenas dois meses após provar sua inocência, gera grande comoção e críticas ao sistema judicial.