Identificados os três mortos em colisão entre ambulância e carro

As rodovias brasileiras são palco constante de colisões graves que expõem vulnerabilidades no trânsito, transformando trajetos rotineiros em cenas de tensão e perda irreparável.

No ;ultimo sábado, dia 22 de novembro, por volta das 13h15, um impacto frontal abalou o quilômetro 6 da Rodovia Abrão Assed (SP-333), em Cajuru, interior de São Paulo, onde a pista simples ampliou os perigos de uma rota já conhecida por curvas acentuadas.

A ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que saía de Santa Cruz da Esperança rumo à Santa Casa local para transferir uma idosa de 74 anos, colidiu diretamente com um Volkswagen Gol adaptado para corridas por aplicativo.

O veículo particular, conduzido por um homem de 46 anos em sua estreia pela plataforma de uma empresa sediada em Alterosa (MG), invadiu a contramão em um momento crítico, resultando em danos extensos aos dois automóveis e um cenário de resgate imediato.

Três vidas foram ceifadas nesse confronto inesperado: o condutor da ambulância, um profissional de 42 anos dedicado ao socorro público; a paciente Lídia Moreira dos Santos, de 74 anos, que aguardava cuidados hospitalares; e o motorista do carro, Amilton Antônio Corrêa, de 46 anos, pai de família que buscava renda extra nas estradas.

Duas sobreviventes enfrentaram ferimentos que demandaram intervenção rápida: a técnica de enfermagem de 43 anos, socorrista da equipe, foi estabilizada na Santa Casa de Cajuru antes de ser levada ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto para observação avançada.

Esse episódio em Cajuru reforça padrões preocupantes nas rodovias do interior paulista, onde pistas simples como a SP-333 concentram 30% dos incidentes com veículos de emergência, segundo dados recentes do DER.

Especialistas em trânsito defendem a duplicação urgente de trechos críticos e campanhas para motoristas de apps, que multiplicam o tráfego sem sempre receberem treinamentos adequados para cenários de alta pressão.