Identificado o jovem militar que morreu após explosão de granada em Santa Catarina

O manuseio de materiais bélicos é uma atividade que exige precisão, treinamento e extremo cuidado. Uma falha mínima pode representar um risco incalculável e foi justamente esse perigo que se fez presente no Campo de Instrução Marechal Hermes, em Três Barras (SC).

O jovem soldado Bryan Damazo de Santana Pinto, de apenas 18 anos, perdeu a vida após a explosão de um artefato na manhã de 23 de outubro.

O caso, que segue sob investigação pelo Inquérito Policial Militar (IPM), reacendeu discussões sobre segurança e protocolos de treinamento nas forças armadas.

Bryan havia ingressado no Exército neste mesmo ano e era descrito por amigos como um rapaz dedicado e generoso. Nas redes sociais, compartilhava momentos ao lado da família, da namorada e sua paixão por motos.

Um amigo de escola, Gabriel Kohler, contou que Bryan realizara recentemente o sonho de comprar sua primeira moto, um símbolo da independência e do entusiasmo que o jovem levava para a vida. “Ele estava sempre disposto a ajudar, sempre com um sorriso no rosto”, lembrou o colega, emocionado.

O incidente ocorreu por volta das 11h, durante uma atividade nas instalações do campo, o maior entre Paraná e Santa Catarina, com quase 10 mil hectares destinados a treinamentos militares.

Segundo o comando da 5ª Região Militar, Bryan chegou a receber os primeiros socorros no local e foi encaminhado ao pronto atendimento de Três Barras. No entanto, não resistiu aos ferimentos e faleceu a caminho do hospital em Mafra.

Ainda não há confirmação se o soldado estava em instrução direta com o explosivo ou se apenas se encontrava próximo ao artefato. O Exército afirmou que todas as circunstâncias estão sendo apuradas e enviou uma equipe de apoio para prestar assistência psicológica e social à família.

O caso levanta um alerta importante sobre os riscos silenciosos do treinamento militar e a necessidade de revisão constante das medidas de segurança no manuseio de armamentos.