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Esposa de policial que morreu em megaoperação revela últimas mensagens trocadas com marido

Policial morreu na última terça em megaoperação.

A dor de uma esposa que perde o marido em serviço é algo que ultrapassa qualquer palavra. Para a companheira do sargento do Bope Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, a lembrança dos últimos minutos antes de sua morte ficou marcada em uma simples troca de mensagens.

Uma conversa interrompida pelo destino. Ele foi um dos quatro policiais que perderam a vida durante a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Durante o confronto, Heber trocou mensagens com a esposa, que aflita, perguntava se ele estava bem. A resposta curta, mas cheia de serenidade, veio pelo celular: “Estou bem. Continua orando.” Foi a última vez que ela ouviu algo do marido.

Em meio ao som dos tiros e à tensão crescente, o silêncio tomou conta da conversa. Nas mensagens seguintes, a mulher demonstrava desespero e fé: “Te amo. Cuidado, pelo amor de Deus. Me dá sinal de vida sempre que puder.”

As ligações feitas minutos depois nunca foram atendidas. Horas mais tarde, ao saber da morte de Heber, ela publicou o print da conversa nas redes sociais, acompanhada de um desabafo comovente: “E agora, o que vou falar para a Sofia?”, a filha pequena do casal.

Em outra publicação, a viúva lembrou que outubro, mês em que a menina faz aniversário, ficará eternamente ligado à lembrança do pai. Heber era reconhecido pelos colegas como um policial exemplar, disciplinado, leal e movido pela vocação de servir.

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Atuava há 14 anos no Bope e costumava repetir que “carregava uma senha nas mãos” toda vez que perdia um companheiro, ciente dos riscos que corria. Na megaoperação, que mobilizou mais de 2.500 agentes e blindados, ele foi atingido durante um confronto com criminosos do Comando Vermelho.

Hoje, entre homenagens e lágrimas, sua família se despede de um homem que morreu fazendo o que mais amava, servir com coragem, fé e honra.