‘ELE TAVA VIVO’ Laudo revela que cavalo estava vivo quando teve as ƿɑŧɑs cort…Ver mais

Nos últimos dias, um caso de extrema crueldade contra animais no interior de São Paulo chamou a atenção da sociedade e mobilizou autoridades, ativistas e cidadãos comuns. O episódio, ocorrido na cidade de Bananal, gerou indignação não apenas pela violência envolvida, mas também pelas circunstâncias em que se deu, levantando discussões sobre legislação, punições e a necessidade de maior conscientização sobre maus-tratos.
Tudo começou em 16 de agosto, durante uma cavalgada realizada na zona rural do município. O evento, que costuma atrair moradores e participantes de cidades vizinhas, transformou-se em cenário de horror. Testemunhas relataram que um cavalo branco, visivelmente cansado após o trajeto, teria se deitado no chão, exausto e sem condições de prosseguir.
A cena, inicialmente interpretada como consequência do esforço físico, acabou se tornando o ponto de partida para uma sequência de acontecimentos que deixaria a cidade em choque.
O tutor do animal, um jovem de apenas 21 anos, teria reagido de maneira inesperada e brutal. Segundo relatos, pediu a um colega que se afastasse e não assistisse ao que faria em seguida.
Armado com um facão, tomou a decisão que mudaria sua vida e a do animal para sempre. O que ocorreu a partir desse momento foi descrito por testemunhas como uma cena de terror que dificilmente poderá ser esquecida.
As primeiras informações, registradas em boletim de ocorrência, apontaram que o tutor acreditava que o cavalo já havia morrido.
Embriagado, emocionalmente instável e tomado pelo desespero, afirmou que agiu de maneira impensada, sem perceber que ainda havia vida diante dele. O choque da população aumentou quando ficou claro que a ação havia resultado na morte definitiva do animal. A comoção foi imediata: moradores, ativistas e entidades protetoras passaram a exigir respostas das autoridades competentes.
Nos dias que se seguiram, a Prefeitura de Bananal divulgou nota pública repudiando veementemente o ocorrido, declarando apoio irrestrito às investigações e se comprometendo a colaborar com a Polícia Civil e órgãos ambientais. A indignação nas redes sociais cresceu rapidamente, e o caso ganhou repercussão nacional.
Muitos pediram punição exemplar, enquanto outros reforçaram a necessidade de mudanças legais mais rigorosas para combater maus-tratos a animais.
As investigações ficaram a cargo do delegado Rubens Luiz Fonseca Melo, que acompanhou de perto o trabalho pericial. O processo incluiu a análise minuciosa do corpo do animal por especialistas, com a colaboração da médica veterinária voluntária Luana Gesualdi.
Durante dias, a expectativa girava em torno do resultado desse laudo técnico, considerado fundamental para definir a linha de responsabilização do tutor.
Quando os resultados finalmente foram divulgados, trouxe-se à tona a informação que mudaria a percepção do caso: o cavalo ainda estava vivo no momento em que teve suas patas decepadas.
O laudo apontou hematomas compatíveis apenas com agressões sofridas em vida, desmentindo a versão inicial do tutor. Agora, o documento foi encaminhado ao Ministério Público, que decidirá as medidas cabíveis diante de um crime que choca e revolta todo o país.