Durante velório, família descobre que velou corpo errado e que idosa ainda está viva
A mulher morta foi velada por engano durante 45 minutos
O impacto de erros administrativos em hospitais pode transformar momentos delicados de despedida em situações angustiantes e surreais. Foi o que aconteceu em Cravinhos, São Paulo, quando uma mulher de 81 anos foi velada por engano no lugar de outra idosa viva, após uma confusão na Santa Casa de Ribeirão Preto.
O caso envolveu Neide Basso de Oliveira, que faleceu em decorrência de uma infecção urinária, e Neide Rossi Benzi, de 73 anos, que está viva. O corpo da falecida foi indevidamente entregue à família da idosa viva, que iniciou o velório sem perceber a troca.
Apenas 45 minutos depois, durante o velório, os familiares de Neide Rossi notaram a confusão. A família da verdadeira falecida, Neide Basso, só descobriu o ocorrido ao tentar organizar o próprio velório.
O irmão dela, Daniel Basso, relatou que o hospital não permitiu que vissem o corpo no sábado, dia do falecimento, o que agravou a confusão. Ele só teve conhecimento da troca após uma postagem em redes sociais mencionando o engano.
O hospital afirmou, em nota, que houve uma “inconsistência na comunicação” e que prestou esclarecimentos às famílias envolvidas. Contudo, o irmão da falecida classificou o caso como um “desrespeito com as famílias e o paciente”.
A troca dos corpos causou indignação e abriu um debate sobre a responsabilidade de instituições de saúde em momentos tão delicados. Mais do que uma “história louca”, o episódio reflete a necessidade de maior cuidado em processos que lidam com a dignidade humana em situações de perda.