Delegado conta atitude do pai de Ana Beatriz durante perícia no local onde estava o corpo da recém-nascida: “Ele pediu”
O delegado deu mais detalhes sobre a situação e chamou atenção para uma atitude tomada pelo pai.

O caso da bebê Ana Beatriz, de apenas 15 dias de vida, comoveu profundamente a população de Novo Lino, no interior de Alagoas, após a trágica descoberta de seu corpo na última terça-feira (15/4).
A recém-nascida foi encontrada sem vida dentro de uma sacola plástica, escondida em um armário na residência onde morava com sua mãe, Eduarda Silva de Oliveira, que posteriormente confessou o crime.
Na quarta-feira (16/4), a Justiça determinou a conversão da prisão em flagrante de Eduarda para preventiva, levando em consideração a gravidade do fato e a necessidade de preservação da ordem pública e das investigações.
O delegado João Marcelo, responsável pelo caso, revelou à imprensa o forte impacto emocional que o crime causou na equipe policial, além de terem revelado qual teria sido a atitude do pai da criança: Na hora da perícia, ele pediu para ver a filha e nós liberamos o acesso dele”, disseram.
Como profissionais, mas principalmente como seres humanos que temos famílias, foi extremamente doloroso lidar com essa situação”. O policial destacou ainda a comovente cena em que o pai da criança, Jaelson da Silva Souza, que nunca chegou a conhecer a filha em vida, pediu para vê-la durante os procedimentos periciais.
As investigações revelaram uma série de contradições nos depoimentos da mãe. Eduarda inicialmente alegou que a bebê havia sido sequestrada, chegando a inventar histórias sobre invasores encapuzados, antes de finalmente confessar ter asfixiado a criança com um travesseiro.
Em sua versão final, justificou o ato afirmando que a pequena Ana Beatriz chorava incessantemente há dois dias e que o barulho de um estabelecimento comercial próximo teria contribuído para seu descontrole emocional.
As autoridades agora a conclusão dos laudos periciais para determinar se o crime será classificado como infanticídio – considerando a possibilidade de a mãe ter agido sob influência do estado puerperal – ou homicídio qualificado.
Enquanto isso, Eduarda permanece detida, onde cumpre prisão preventiva em cela isolada. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e na imprensa nacional, com manifestações de indignação e pedidos por justiça.
Vizinhos e conhecidos da família expressaram surpresa com o ocorrido, já que Eduarda não tinha histórico de violência e havia demonstrado alegria durante a gravidez, que segundo relatos foi planejada. O pai da criança, Jaelson, que trabalhava em São Paulo quando o crime ocorreu, recebeu apoio de familiares e da comunidade local para enfrentar o luto.
Autoridades policiais reforçam que as investigações continuam ativas e que novos detalhes serão divulgados conforme os exames forem concluídos, buscando esclarecer completamente as circunstâncias que levaram a essa tragédia que chocou a muitos.