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Corpo de querida empresária é encontrado, ela é dona da… Ver mais

Cidade da Serra Gaúcha amanhece em luto com a morte de Yasmin Schaefer da Luz e Bruno Rocha da Luz; casal deixa um filho pequeno e uma comunidade em choque.

Canela, RS – O que era para ser apenas mais uma sexta-feira tranquila na charmosa cidade serrana de Canela transformou-se em um dia de profunda tristeza e perplexidade. No dia 25 de julho, a polícia confirmou a morte da empresária Yasmin Schaefer da Luz, de 30 anos, e de seu marido, Bruno Rocha da Luz, de 31. O casal foi encontrado sem vida na cama de sua residência, com marcas de disparos de arma de fogo na cabeça.

A principal linha de investigação aponta para um caso de feminicídio seguido de suicídio. A Polícia Civil trabalha com cautela e ainda aguarda a conclusão dos laudos periciais para confirmar a dinâmica dos fatos. Até o momento, não há indícios claros de brigas anteriores ou histórico de violência, o que aumenta o mistério e o sentimento de incredulidade em torno do caso.

Segundo informações da polícia, os corpos foram encontrados por um familiar, que acionou as autoridades ao perceber que o casal não atendia a ligações. A cena encontrada chocou até os investigadores mais experientes: um quarto silencioso, duas vidas interrompidas e uma criança que, de forma brutal, perdeu os pais de uma só vez.

Yasmin era uma figura bastante conhecida na cidade. Dona de um centro estético que ela mesma construiu com esforço e dedicação, a empresária era admirada por sua garra, simpatia e visão empreendedora. Além de profissional respeitada, era mãe do pequeno Lucca, fruto do relacionamento com Bruno, com quem estava casada há dois anos e convivia desde a juventude.

A morte do casal gerou comoção entre amigos, clientes e moradores de Canela. As redes sociais foram inundadas com homenagens a Yasmin, lembranças de atendimentos no salão e mensagens de incredulidade diante da tragédia. A prima da empresária, Carolina Pedroso, falou com exclusividade sobre a dor da perda e o impacto que Yasmin deixou em quem a conheceu.

— A história da Yasmin é linda e merece ser lembrada por tudo o que ela foi: uma filha amorosa, uma mãe dedicada, uma mulher trabalhadora. Ela lutou muito para chegar onde chegou, e essa memória será preservada por todos que a amavam — disse Carolina, visivelmente emocionada.

Bruno, por sua vez, era descrito por conhecidos como reservado. Seu comportamento recente não teria levantado suspeitas de possíveis transtornos ou conflitos com a esposa. A ausência de registros policiais anteriores envolvendo o casal torna a situação ainda mais difícil de compreender.

Enquanto os peritos tentam reconstituir as últimas horas de vida do casal, a família se mobiliza para acolher o pequeno Lucca, que agora será criado por parentes próximos. A prioridade, segundo Carolina, é oferecer ao menino todo o apoio emocional e estrutural possível, além de manter viva a memória dos pais de forma respeitosa.

— Prometemos a ela que Lucca será cercado de amor e que nunca esquecerá quem foi a mãe dele. Yasmin deixou um legado que vai muito além do que ela construiu com as próprias mãos — afirmou a prima.

Os corpos de Yasmin e Bruno foram sepultados no último domingo, em cerimônias distintas, como forma de respeitar o luto de cada lado da família. O clima no cemitério era de silêncio e consternação, com poucos discursos e muitas lágrimas.

Apesar de ainda haver muitas perguntas sem resposta, o caso acende um alerta para uma discussão necessária sobre feminicídio e violência doméstica – ainda que, até o momento, não haja confirmação de que o casal enfrentava conflitos. Especialistas apontam que muitos casos de violência ocorrem de maneira silenciosa, sem sinais visíveis para amigos e parentes.

A delegada responsável pelo caso reforçou que nenhuma hipótese está sendo descartada, e que o trabalho investigativo continuará até que todas as circunstâncias sejam devidamente esclarecidas.

— Este é um caso sensível, que demanda uma apuração detalhada e respeito à dor da família. Os laudos devem trazer mais clareza nas próximas semanas — disse a delegada em nota oficial.

Canela, conhecida por sua beleza natural e clima acolhedor, agora também carrega a sombra de uma tragédia que chocou sua população. Em meio à dor, fica a esperança de justiça, de acolhimento ao pequeno Lucca e de que histórias como essa possam, no futuro, ser evitadas com mais diálogo, empatia e prevenção.