Casada há 5 dias com um Policial Militar, jovem tem a vida tirada de maneira cruel dentro de casa
O crime chocou a comunidade local e está sob investigação.
A trágica morte de uma jovem vendedora autônoma que teve como cenário a cidade de Salvador, capital do estado da Bahia, levantou suspeitas de feminicídio, reacendendo discussões sobre a violência contra mulheres no Brasil.
Gleicy da Silva Bonfim, de 26 anos, foi encontrada morta dentro de sua própria residência, cinco dias após formalizar sua união com um soldado da Polícia Militar.
O caso, que ocorreu em um condomínio no bairro do Bonfim, apresenta indícios de violência e desordem, apontados pela família como sinais de um crime premeditado.
O corpo da jovem foi localizado no domingo (15), sobre um colchão, em meio a uma cena caótica: vidros quebrados, copos estilhaçados e pertences revirados. Documentos pessoais, como sua certidão de casamento, estavam rasgados.
Parentes afirmam que o marido, policial militar, não prestou socorro e teria deixado o local com a arma, munição e o celular da vítima. No momento do incidente, além do policial, estavam na casa sua mãe, seu irmão gêmeo e o filho de 5 anos. Após a morte de Gleicy, todos saíram da residência.
A Polícia Militar, por meio de nota, confirmou o isolamento da área e a apreensão de duas armas, uma delas pertencente à corporação. No entanto, detalhes sobre a apreensão não foram esclarecidos.
Já a Polícia Civil investiga o caso e não descarta a possibilidade de feminicídio, especialmente porque a arma utilizada no crime foi entregue horas depois, o que aumenta a necessidade de apuração sobre os eventos.
O Departamento de Polícia Técnica realizou a perícia no local, enquanto oitivas e diligências continuam em andamento.
Gleicy, que deixa uma filha de 7 anos, foi enterrada nesta segunda-feira (16). O caso ressalta a urgência de políticas públicas e ações sociais voltadas à prevenção do feminicídio, problema que afeta milhares de mulheres no Brasil todos os anos. A conscientização e o apoio às vítimas são passos essenciais para combater essa violência sistêmica.