Bondinho descarrila em ladeira, tomba e deixa 15 vítimas fatais e dezena de feridos
Acidente aconteceu nesta quarta, dia 3 de setembro

Quando um acidente deixa um grande número de mortos, o impacto social vai muito além das estatísticas. Famílias são devastadas, comunidades entram em luto e a sensação de segurança em locais até então vistos como turísticos ou cotidianos é profundamente abalada.
Foi exatamente isso que ocorreu em Lisboa, onde o tradicional Elevador da Glória sofreu um grave descarrilamento nesta quarta, dia 3 de setembro, resultando em 15 mortes e 18 feridos, segundo a Polícia de Segurança Pública de Portugal.
O funicular, inaugurado em 1885 e considerado um dos ícones da capital portuguesa, transportava dezenas de passageiros quando saiu dos trilhos e se chocou violentamente contra um prédio.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o veículo completamente destruído, o que ampliou ainda mais a comoção. Entre os feridos, cinco permanecem em estado grave. Até o momento, o embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro Silva, confirmou que não há brasileiros entre as vítimas.
As causas ainda estão em investigação, mas duas hipóteses são levantadas: o rompimento de um cabo de tração ou falha no sistema de freios. Especialistas ouvidos pela imprensa portuguesa destacaram que, em caso de rompimento, o sistema de segurança deveria ter sido acionado, o que aparentemente não aconteceu.
O detalhe preocupa, já que o equipamento havia passado por manutenção geral em 2022 e revisão periódica em 2024. O governo português decretou luto nacional nesta quinta, dia 4 de setembro, e o presidente Marcelo Rebelo de Sousa expressou solidariedade às famílias, pedindo que o episódio seja esclarecido com transparência.
O Elevador da Glória ligava a Praça dos Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, percorrendo 265 metros de uma das ladeiras mais famosas da cidade. Ícone cultural e turístico, agora passa a simbolizar também a necessidade urgente de revisar protocolos de segurança em meios de transporte históricos.
O acidente em Lisboa não apenas deixa marcas irreparáveis, mas também reforça a discussão sobre como equilibrar preservação patrimonial e garantia de segurança para quem depende ou visita esses sistemas.