Caso Bolo de Natal: nora também é suspeita de ter causado o envenenamento do sogro em setembro; desavenças com Zeli ocorriam há mais de 20 anos
A nora também está sendo investigada pela morte de seu sogro que ocorreu em setembro de 2024. Ela não se dava bem com Zeli, mãe de seu marido.
As autoridades estão investigando se o caso de envenenamento por arsênio, que resultou na morte de três membros de uma mesma família após a ingestão de um bolo em 23 de dezembro de 2024, tem conexão com a morte de outro familiar ocorrida em setembro do mesmo ano.
O falecimento anterior, que envolveu o sogro da principal suspeita, Deise Moura dos Anjos, foi inicialmente classificado como morte natural, mas agora será revisitado, com a exumação do corpo para averiguar possíveis vestígios de envenenamento. Foi revelado que as familiares tinham brigas há mais de vinte anos.
O caso do envenenamento em dezembro
O trágico incidente ocorreu durante uma reunião familiar em Torres, no Rio Grande do Sul. Três mulheres morreram: sendo que todas eram da mesma família. Outras três pessoas ficaram hospitalizadas, incluindo uma criança e Zeli dos Anjos, mãe e avó de algumas das vítimas, que encontra-se em estado estável.
Deise Moura dos Anjos, nora de Zeli, é a principal suspeita. Ela foi presa preventivamente sob a acusação de envenenar a farinha utilizada no preparo do bolo. A polícia está investigando se o envenenamento do bolo e a morte do marido de sua sogra, ocorrida três meses antes e atribuída inicialmente a intoxicação alimentar, têm relação.
Alta concentração de arsênio
Análises confirmaram que o bolo continha concentrações extremamente altas de arsênio. A quantidade encontrada é incompatível com qualquer forma de contaminação acidental ou ambiental, como aquelas que podem ocorrer em certos contextos por vencimento. Dessa forma, a hipótese de uma contaminação proposital é reforçada.
As investigações agora abrangem a possibilidade de um histórico mais amplo de envenenamentos na família, dado o padrão suspeito identificado. O vínculo entre os casos de setembro e dezembro poderá ser elucidado após novos exames no corpo do sogro da acusada. A polícia segue trabalhando para esclarecer os fatos e identificar todas as circunstâncias envolvidas.
