Notícias

Cri4nça de 2 an0s m0rre atac@da por PITBUL, enquanto pai e mãe faziam se… Ver mais

Uma tragédia abalou a cidade de Hortolândia, no interior de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (21), quando uma menina de apenas 2 anos perdeu a vida após ser brutalmente atacada por um cachorro da raça pit-bull. O animal pertencia à própria família da vítima e havia sido adotado há cerca de dois meses.

O ataque aconteceu dentro da residência onde a criança vivia com os pais. Segundo informações da Polícia Militar, uma vizinha ouviu gritos desesperados e acionou imediatamente a equipe de emergência. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram a cena do ataque ainda em andamento.

De acordo com os agentes, o pit-bull – um cão adulto de porte robusto – mostrava-se extremamente agressivo, o que impediu uma aproximação segura. Para conter o animal e evitar uma tragédia ainda maior, os policiais foram obrigados a disparar contra o cachorro, que foi atingido por dois tiros. A criança, já gravemente ferida, foi rapidamente socorrida e levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Hortolândia, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos.

O cão também foi encaminhado a um centro veterinário para receber atendimento emergencial. Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde do animal.

Ataque inesperado e sem motivação clara

O pit-bull vivia com a família havia pouco tempo. A adoção aconteceu aproximadamente dois meses antes da tragédia, e, até então, segundo relatos preliminares, o animal não havia apresentado comportamento violento.

O caso levanta dúvidas e gera comoção sobre a convivência entre crianças pequenas e cães de raças conhecidas por sua força física e instinto protetor – características que, mal direcionadas, podem se tornar perigosas. Segundo a PM, havia adultos na casa no momento do ataque, mas ainda não está claro em que circunstâncias a criança foi deixada sozinha com o animal.

A perícia técnica foi acionada e esteve na residência para levantar informações e tentar entender o que teria motivado o ataque. A investigação agora fica a cargo da Polícia Civil, que também deverá apurar as condições em que o cachorro era mantido, se havia histórico de agressividade e se a adoção ocorreu com acompanhamento de profissionais capacitados.

Dor e comoção tomam conta da comunidade

A notícia da morte da menina se espalhou rapidamente pelas redes sociais e pela imprensa local, gerando uma onda de comoção entre moradores da região. Vizinhos relataram que a família era discreta e que a criança era frequentemente vista brincando no quintal. “É algo que ninguém espera. A dor de perder uma filha dessa forma é inimaginável”, comentou uma moradora, visivelmente abalada.

Especialistas em comportamento animal destacam que, embora o pit-bull possa ser um cão dócil e equilibrado se bem socializado e treinado, é fundamental que famílias com crianças pequenas tomem cuidados redobrados – especialmente nos primeiros meses de adaptação, quando o comportamento do animal ainda é imprevisível.

“O problema não está na raça, mas na falta de informação e preparo de quem adota. Muitas pessoas escolhem esses cães pela aparência protetora, mas não compreendem o nível de responsabilidade que vem junto”, explica a veterinária e etóloga Ana Flávia Martins. Ela reforça que o convívio entre cães de grande porte e crianças deve sempre ser supervisionado de forma rigorosa.

Discussões sobre políticas públicas de adoção e segurança

O caso reacende debates sobre a adoção responsável e a necessidade de políticas públicas mais rígidas para famílias que desejam adotar cães de raças com histórico de ataques. Em muitos municípios, ainda não há protocolos claros que orientem esse processo, o que pode levar a adoções feitas sem a devida avaliação do perfil do animal e do ambiente familiar.

Entidades de proteção animal também se manifestaram, pedindo que o episódio não seja usado para promover preconceito contra determinadas raças, mas sim como um alerta para a importância da educação e do acompanhamento profissional no processo de adoção. “Não podemos demonizar o pit-bull ou qualquer outra raça. Precisamos é promover adoções conscientes, com base no perfil da família e no comportamento do animal”, diz nota divulgada por uma ONG local.

Investigações continuam

A Polícia Civil seguirá com as investigações para esclarecer os detalhes do caso. O corpo da menina foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Campinas, onde passará por necropsia antes de ser liberado para o sepultamento. Não há, até o momento, previsão para o velório.

A família, abalada pela tragédia, ainda não se manifestou oficialmente.

Enquanto isso, Hortolândia tenta entender e digerir uma perda tão repentina e dolorosa, que expõe as fragilidades nas relações entre humanos e animais quando não há preparação adequada. Uma criança se foi de forma brutal, e agora resta à sociedade refletir sobre como evitar que tragédias como essa voltem a acontecer.