Mortos a facada pela própria mãe na Baixada…Ver mais
Tragédia na Baixada: Filhos são vítimas de facadas pela mãe
O filho de Stephani Ferreira Peixoto, de 36 anos, prestou depoimento afirmando que o pai poderia ter evitado a tragédia se tivesse permitido que sua mãe fosse ao mercado sozinha. Ele relatou que a relação dos pais era marcada por brigas e falta de afeto.
Stephani cometeu o terrível ato, tirando a vida de seus dois filhos, Arthur Moisés e Bruno Leonardo da Silva, de 3 e 6 anos, respectivamente, a golpes de faca. O crime ocorreu em 10 de janeiro, na casa da família, em Guapimirim. Os laudos indicaram múltiplos ferimentos no pescoço e tórax de cada criança.
O pai das vítimas, Carlos Leonardo da Silva, recebeu uma ligação angustiante da companheira, informando sobre o ocorrido e sua tentativa de suicídio. Stephani foi encontrada ensanguentada, mas sobreviveu.
Apesar do choque, vizinhos e o filho adolescente descreveram Stephani como uma mãe zelosa, presente nos momentos difíceis. No entanto, o jovem ressaltou que ela podia ser explosiva quando nervosa.
Stephani está sob custódia desde então e foi submetida a exames de sanidade mental. Segundo o Instituto de Perícias Heitor Carrilho, ela sofria de um transtorno psicótico na época do crime, sendo considerada incapaz de entender a ilicitude de seus atos. Em junho, o instituto recomendou sua internação.
Prevenir tragédias como essa exige uma abordagem multifacetada que aborda tanto os aspectos individuais quanto os sistemas de apoio. Aqui estão cinco medidas que podem ajudar a evitar esse tipo de crime:
- Apoio à Saúde Mental: É fundamental investir em serviços de saúde mental acessíveis e eficazes. Isso inclui campanhas de conscientização, serviços de aconselhamento e terapias acessíveis para ajudar as pessoas a lidar com problemas emocionais e mentais antes que cheguem a um ponto crítico.
- Educação e Conscientização: Programas educacionais nas escolas e na comunidade podem ensinar habilidades de comunicação, resolução de conflitos e parentalidade positiva. A conscientização sobre os sinais de alerta de problemas de saúde mental e violência doméstica também é crucial.
- Intervenção Precoce: Identificar e intervir precocemente em situações de conflito familiar ou problemas de saúde mental pode prevenir crises maiores. Isso requer sistemas de suporte familiar e comunitário que estejam atentos aos sinais de problemas e ofereçam intervenção adequada.
- Apoio à Parentalidade: Oferecer suporte abrangente aos pais, especialmente em comunidades vulneráveis, pode ajudar a reduzir o estresse e os desafios enfrentados na criação dos filhos. Isso pode incluir acesso a serviços de creche, aconselhamento parental e grupos de apoio.
- Combate à Pobreza e Desigualdade: Muitos casos de violência doméstica e tragédias familiares estão ligados a condições socioeconômicas precárias. Investir em programas de combate à pobreza, habitação acessível e oportunidades de emprego pode ajudar a reduzir o estresse financeiro e melhorar as condições de vida das famílias em situação de vulnerabilidade.
Essas medidas devem ser implementadas de forma coordenada e contínua, envolvendo governos, instituições sociais, profissionais de saúde, educadores e comunidades locais para criar um ambiente que apoie o bem-estar e a segurança das famílias.