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7 Coisas proibidas na Bíblia, mas que você faz todo dia, a número 3 é a pior de todas, diz que… Ver mais

A Bíblia é, para bilhões de pessoas ao redor do mundo, um guia moral, espiritual e histórico. Suas páginas contêm leis, ensinamentos e narrativas que moldaram civilizações inteiras. No entanto, o que muitos esquecem — ou talvez nunca tenham considerado — é que boa parte das proibições encontradas no texto sagrado foi escrita dentro de contextos históricos e culturais muito específicos. E é aí que mora o paradoxo: ações comuns no cotidiano moderno podem, tecnicamente, estar em desacordo com o que está escrito nas Escrituras.

Você pode estar infringindo preceitos bíblicos sem sequer saber. E não estamos falando de grandes transgressões, mas de atitudes simples, muitas vezes praticadas sem qualquer malícia. Afinal, o mundo mudou, os costumes evoluíram, mas os textos permaneceram os mesmos — embora sua interpretação varie amplamente entre igrejas, doutrinas e culturas.

A seguir, listamos algumas dessas ações cotidianas que, de acordo com determinadas interpretações da Bíblia, poderiam ser consideradas erradas ou até pecaminosas. A leitura não é um julgamento, mas um convite à reflexão sobre como equilibramos fé, tradição e vida moderna.


1. Trabalhar no sábado

No quarto mandamento, encontramos a ordem: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êxodo 20:8). Para os judeus, o sábado é um dia sagrado, de completo descanso, do pôr do sol de sexta-feira até o pôr do sol de sábado. No cristianismo, há variações — alguns consideram o domingo como dia de guarda. Mesmo assim, trabalhar no sábado é uma prática comum para milhões de pessoas, especialmente em setores como comércio, saúde e segurança. Estariam todas essas pessoas descumprindo um mandamento essencial?


2. Comer certos alimentos

No Antigo Testamento, especialmente em Levítico 11, há uma série de proibições alimentares. Por exemplo, o consumo de carne de porco, frutos do mar sem escamas, e outros alimentos são expressamente proibidos. Para muitos cristãos, essas regras foram abolidas com a chegada do Novo Testamento. Mas para algumas denominações e estudiosos, as restrições continuam válidas. De toda forma, churrascos de fim de semana com linguiça e camarão provavelmente entrariam na lista de “proibidos”.


3. Cobrar ou pagar juros

“Não exigirás juros de teu irmão” (Deuteronômio 23:19). Essa passagem é clara: emprestar dinheiro a alguém da mesma comunidade (ou fé) deveria ser um ato de solidariedade, não de lucro. No entanto, vivemos em uma sociedade onde praticamente tudo gira em torno de crédito — financiamentos, empréstimos bancários, cartões. Até mesmo doações e dízimos, em alguns contextos, acabam financiados por empréstimos. Como conciliar esse ensinamento com a realidade econômica moderna?


4. Fazer imagens esculpidas

O segundo mandamento adverte contra a criação e adoração de imagens esculpidas (Êxodo 20:4). Ainda assim, muitas igrejas ao redor do mundo estão repletas de estátuas, ícones e quadros representando figuras sagradas. Para algumas denominações cristãs, como a Igreja Católica, essas imagens servem como símbolos de devoção, não como objetos de adoração. Já outras correntes, como o protestantismo reformado, veem essas práticas como violações diretas da lei bíblica.


5. Falar palavrões ou usar linguagem imprópria

A Bíblia alerta contra palavras impuras e ofensivas: “Nenhuma palavra torpe saia da vossa boca” (Efésios 4:29). A linguagem, como forma de expressão, está sempre em mutação, mas o uso de palavrões e expressões grosseiras é socialmente disseminado — inclusive entre pessoas de fé. Mesmo sem intenção maliciosa, a prática colide com o ideal bíblico de uma comunicação edificante e respeitosa.


6. Cobiçar bens alheios

O décimo mandamento é direto: “Não cobiçarás” (Êxodo 20:17). Em uma sociedade marcada pelo consumo, pelo desejo de sucesso material e pelas comparações nas redes sociais, o mandamento parece quase impossível de seguir. A propaganda é baseada no desejo — pelo carro novo, pela casa maior, pela vida dos “influencers”. Cobiçar virou sinônimo de ambição, e ambição, muitas vezes, é vista como virtude.


7. Julgar os outros

“Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mateus 7:1). Essa orientação de Jesus é uma das mais citadas — e uma das mais ignoradas. Em tempos de internet, onde todos têm voz e opinião, julgar virou esporte diário. Das redes sociais às rodas de conversa, o julgamento alheio está presente, muitas vezes mascarado de “crítica construtiva” ou “liberdade de expressão”.


Um olhar moderno sobre tradições antigas

Essas e outras passagens bíblicas devem ser compreendidas em seu contexto histórico, cultural e religioso. Muitos estudiosos defendem que o espírito da lei é mais importante do que a letra — ou seja, o objetivo de promover amor, justiça e empatia deve prevalecer sobre a interpretação literal.

O mais importante, talvez, seja reconhecer que fé não é sobre perfeição, mas sobre consciência. Conhecer as Escrituras, refletir sobre seu significado no mundo atual e aplicá-las com sabedoria é um desafio contínuo. Afinal, se há algo que a Bíblia também ensina, é que errar é humano — e perdoar, divino.