[VÍDEO] Jair Bolsonaro se pronuncia pela primeira vez após operação da PF: “Me sinto humilhado”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta sexta-feira (18), após colocar tornozeleira eletrônica, que está sendo “humilhado” e que é alvo de uma “perseguição política”. A determinação foi do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante mandado de busca e apreensão foram apreendidos US$ 14 mil e R$ 8 mil na sua casa, assim como um pen drive no banheiro.
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Mais explicações
Em tom crítico, Bolsonaro afirmou que “até os adversários sabem da minha honestidade” e reforçou que tentará buscar apoio no exterior até para negociar o tarifaço do presidente americano Donaldo Trump. “Me dá meu passaporte que eu busco audiência com os Estados Unidos”, declarou.
Por fim, o ex-presidente voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal e disse que as acusações contra ele são infundadas. “Isso é um constrangimento público. Estou sendo humilhado por algo que não fiz”, concluiu. Ele revelou ainda que tinha um convite para encontros com alguns embaixadores, previsto para a próxima semana. “Foi uma surpresa pra mim hoje”, declarou.

Decisão de Moraes
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro terá que usar tornozeleira eletrônica, está proibido de sair à noite, de se comunicar com outros investigados – incluindo seus filhos -, de manter contato com diplomatas e de usar redes sociais. Ele também terá que permanecer em casa entre 19h e 7h, inclusive nos fins de semana.
A decisão de Moraes vem depois da taxação de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na carta enviada ao presidente Lula que trata do tema, Trump cita as ações contra Bolsonaro no STF, consideradas por ele “injustas”.
Além da utilização de tornozeleira eletrônica, Bolsonaro também está proibido de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros, de se aproximar de embaixadas e não pode utilizar redes sociais. As medidas foram tomadas por Moraes após representação da Polícia Federal (PF), que teve parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A motivação para a representação da PF deriva das suspeitas de cometimento dos crimes de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional. Os investigadores também identificaram o risco de fuga do país. Nesta manhã (18), foram apreendidos ao menos US$ 10 mil na residência de Bolsonaro, em Brasília. O dinheiro ainda está sendo contado.
