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VÍDEO: Identificado querido motoboy de 48 anos que morreu atingido por linha de cerol; companheira lembra último momento

Caso aconteceu no último domingo, dia 25 de agosto

O uso de linhas com cerol, prática ainda presente em muitas regiões, continua sendo um dos grandes problemas de segurança em ruas e rodovias brasileiras. Feitas com mistura de cola e vidro moído, elas transformam a brincadeira de soltar pipa em uma ameaça real, principalmente para motociclistas.

Todos os anos, vidas são interrompidas por esse risco silencioso que pode atravessar o caminho de qualquer pessoa que circula de moto.

No último domingo, dia 24 de agosto, em Campinas (SP), esse perigo tirou a vida de Gilberto Dias de Oliveira, de 48 anos, conhecido pelos amigos como Tatu.

Motoboy desde abril deste ano, ele havia encerrado seu expediente mais cedo para aproveitar o dia com os filhos. O plano era simples e afetuoso: levar as crianças para comer pastel.

Porém, ao sair rapidamente para comprar cigarros, acabou atingido no pescoço por uma linha com cerol e não voltou mais para casa.

Companheira de Gilberto, Angélica de Greci, de 29 anos, relatou que a última lembrança que os filhos tiveram do pai foi um beijo carinhoso antes de sair. “Parecia uma despedida. Ele era muito presente, e a dor dos meus filhos dói em mim nesse momento”, desabafou.

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Ela ainda contou que Gilberto havia pedido para levar o filho mais velho, de 6 anos, junto até a esquina, mas foi convencido a ir sozinho. “Imagina se meu filho estivesse com ele”, lamentou.

Naturalmente querido no bairro, Tatu era lembrado pelo jeito alegre e pela paixão por futebol. Sua morte mobilizou vizinhos e amigos, que o conheciam desde a infância. O velório e o sepultamento foram marcados para esta terça, dia 26 de agosto, no Cemitério dos Amarais, em Campinas.

O caso reacende discussões sobre fiscalização e medidas mais severas contra a venda e uso de linhas cortantes. Especialistas alertam que, além das campanhas educativas, é necessário que a sociedade compreenda o risco dessa prática e denuncie seu uso.

Enquanto isso não acontece de forma ampla, histórias como a de Gilberto continuam mostrando o preço alto pago por uma brincadeira perigosa.