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Último desejo: Menina fez pedido à mãe horas antes de ser morta pela madrasta

O crime deixou a comunidade local abalada.

Em muitas famílias brasileiras, a guarda compartilhada e a divisão de responsabilidades entre pais separados são uma realidade comum, especialmente quando há a necessidade de conciliar a rotina escolar das crianças com a logística familiar.

Essa dinâmica, embora frequente, exige cuidados redobrados quanto ao bem-estar e à segurança dos menores, especialmente em situações em que novos membros passam a integrar o convívio doméstico.

Uma menina de 7 anos que vivia com o pai e a madrasta no Distrito Federal, por conta dos estudos, faleceu na última sexta-feira após um episódio que mobilizou autoridades locais e causou grande comoção.

A criança havia conversado com a mãe pela última vez na véspera e expressado o desejo de retornar ao convívio materno. A mãe, que mora em Valparaíso de Goiás com os outros filhos, se preparava para buscá-la no fim de semana, o que não chegou a acontecer.

“Eu falei: ‘Amanhã, a mamãe vai te buscar’. E fui buscar minha filha morta. Ela queria ficar mais comigo. Hoje [sexta], eu já vinha buscar ela. No fim de semana, ela já estava ficando comigo”, disse a mãe.

A mãe relatou que a filha mostrava desconforto com a situação em que vivia e insistia para voltar a morar com ela. Segundo a família, essa insatisfação vinha acompanhada de relatos preocupantes envolvendo a convivência com a madrasta, que já havia demonstrado comportamentos instáveis anteriormente.

A irmã da menina também mencionou episódios em que a criança chorava ao ter que retornar à casa do pai, revelando apreensão com a estadia naquele ambiente. Durante as investigações, a mulher responsável pela guarda da menina foi identificada e se apresentou às autoridades, assumindo a responsabilidade pelo ocorrido.

Ela já possuía um mandado de prisão anterior emitido por outro estado, relacionado a um caso ainda em apuração. O caso foi classificado pela Polícia Civil como feminicídio com base na Lei Henry Borel, que trata da proteção integral à criança. O processo deve considerar agravantes como a impossibilidade de defesa da vítima e a relação familiar entre as partes envolvidas.

Situações como essa reforçam a importância de atenção contínua às falas das crianças, bem como de avaliações rigorosas sobre os ambientes onde elas convivem, principalmente quando há denúncias ou sinais de negligência.

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A escuta ativa e o acompanhamento constante são ferramentas fundamentais para prevenir desfechos tão dolorosos.