Policial Militar tirou a vida da esposa e do sogro em ataque no interior de São Paulo
O caso que chocou a comunidade local e segue sob investigação.

Casos de conflitos familiares envolvendo agentes de segurança pública costumam gerar forte repercussão e reflexão, especialmente quando se cruzam com questões sensíveis como a violência doméstica.
A confiança depositada em profissionais armados e treinados para proteger muitas vezes contrasta com situações em que, no ambiente privado, esses mesmos profissionais protagonizam episódios que desafiam as instituições e revelam falhas no sistema de prevenção.
Na cidade de Piraju, interior de São Paulo, um episódio grave mobilizou as forças policiais e provocou indignação entre moradores e representantes da sociedade civil. Um policial militar, identificado como Leonardo Silva, de 25 anos, matou a companheira e o sogro durante uma discussão familiar, ocorrida na residência da família.
Camilla Santos Silva, de 32 anos, era advogada e reconhecida por seu trabalho em defesa das mulheres vítimas de agressão. Seu pai, Paulo Sérgio Silva, de 62 anos, também foi atingido com golpes de faca.
Segundo o registro oficial, vizinhos ouviram gritos e acionaram a Polícia Militar. Ao chegar, os agentes encontraram o agressor em pleno ataque contra Camilla. Mesmo diante das ordens para se render, ele avançou em direção ao banheiro, onde a sogra havia se escondido.
Nesse momento, foi contido por outros policiais e atingido por disparos. Camilla, seu pai e o autor dos ataques foram socorridos, mas não resistiram aos ferimentos. A Polícia Civil confirmou que, na noite anterior, a arma de fogo do militar já havia sido recolhida após denúncias de ameaças contra a esposa, infelizmente tal medida não foi suficiente.
A medida, no entanto, não impediu que o ataque fosse realizado com outro tipo de arma. Camilla atuava como presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB local, dedicando-se à promoção da equidade de gênero e ao enfrentamento da violência doméstica.
A OAB e outras entidades manifestaram pesar pela perda e destacaram a necessidade urgente de mecanismos mais eficazes de proteção às mulheres, mesmo diante de medidas preventivas já previstas.
O caso será investigado em detalhes pelas autoridades, que buscam compreender todas as circunstâncias envolvidas. Esse episódio evidencia a urgência de protocolos mais rígidos no acompanhamento de agentes que apresentem comportamentos de risco, especialmente quando há denúncias registradas.
Também reforça a importância de fortalecer políticas de proteção às vítimas e garantir a atuação rápida e integrada de órgãos de segurança, justiça e saúde mental.





