PGR pede condenação de Bolsonaro que pode chegar a 43 anos de prisão
Bolsonaro enfrenta processo sobre tentativa de golpe

O processo criminal que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro está movimentando o cenário político e jurídico nacional. Com ampla cobertura da imprensa e debates intensos nas redes sociais, a possível condenação do ex-chefe do Executivo vem dominando as discussões públicas.
Para seus apoiadores, trata-se de uma perseguição; para seus críticos, uma resposta institucional esperada diante de ataques à democracia. A cada nova etapa, cresce o interesse e a tensão em torno do desfecho deste caso que pode marcar profundamente a história política recente do Brasil.
Nesta última segunda, dia 14 de julho, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou suas alegações finais no processo que apura a suposta participação de Bolsonaro em uma articulação para tentar reverter o resultado das eleições de 2022.
Segundo a PGR, o ex-presidente liderou uma sequência de ações planejadas com o objetivo de enfraquecer as instituições e impedir a alternância de poder. Como consequência, o órgão pediu uma condenação que pode chegar a 43 anos de prisão.
As acusações abrangem cinco crimes distintos. O mais grave deles, de acordo com a PGR, é a liderança de uma organização criminosa armada, o que por si só pode render até 17 anos de reclusão.
Também são apontados os crimes de tentativa de golpe de Estado (com pena de até 12 anos), abolição violenta do Estado Democrático de Direito (até 8 anos), dano qualificado ao patrimônio da União (até 6 anos) e deterioração de patrimônio público tombado (até 3 anos).
A argumentação da Procuradoria foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) em um documento com mais de 500 páginas. Agora, caberá à 1ª Turma do STF analisar os elementos apresentados e decidir se Bolsonaro será ou não condenado.
Enquanto isso, os desdobramentos seguem sendo acompanhados com atenção tanto por analistas políticos quanto pela população.