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Pai conta o que aconteceu com sua filha no velório coletivo das vítimas do tornado no PR: ‘Jogada contra o muro’

O pai contou o que aconteceu com a sua filha em um vídeo emocionante no velório coletivo das vítimas do tornado no Paraná.

Após o tornado que devastou o Paraná na última sexta-feira, a cidade de Rio Bonito do Iguaçu parou, neste último domingo, dia 9 de novembro, para se despedir de suas vítimas. Em um velório coletivo, o pai da vítima mais jovem, Júlia Kwapis, de 14 anos, desabafou sobre a busca angustiante pela filha, que foi arremessada contra o muro de uma creche pela força do vento.

As fontes do relato comovente são do pai da adolescente, Roberto Kwapis, que, durante o velório no salão paroquial do bairro Campo do Bugre, tentava compreender o que estava acontecendo.

O pai contou que repentinamente tudo começou a ‘estourar’ e que acredita que a ação tenha ocorrido em alguns segundos, e assim, destruído a cidade inteira.

Com a notícia, os detalhes do acidente de Júlia vieram à tona. Ela estava com uma amiga, Heloisa, perto da creche quando o vento as atingiu, causando todo o estrago.

“A Heloisa foi arrastada por mais de cem metros e sobreviveu. A Júlia foi jogada contra o muro da creche”, disse o pai, sobre o destino que sua filha teve.

Diante da situação, Roberto Kwapis passou a noite de sexta-feira (7) e a madrugada de sábado (8) em uma busca desesperada pela filha, tentando encontrar qualquer informação.

O pai contou que perambulou até umas três da manhã, indo a todos os lugares possíveis, abrigos e hospitais, mas que não encontrou nada. Ele tinha fé em reencontrar a filha.

Desde a manhã deste domingo, famílias inteiras se reuniram no velório coletivo, que foi marcado pelo “choro contido” de quem perdeu tudo em uma triste situação.

O enterro de Júlia aconteceu às 14h30 no cemitério municipal. A comoção era tanta que uma ambulância precisou ficar de plantão no local para atender pessoas que passassem mal durante a despedida.