‘NA GLOBO’ fotógrafo famoso é preso dentro da emissora ao ϻɑtɑr E…Ver mais

Um caso policial envolvendo um funcionário da Rede Globo foi preso dentro das dependências da empresa, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro. A prisão ocorreu após ele ser apontado como suspeito de tentativa de homicídio. Diante da gravidade dos fatos, a Globo anunciou sua demissão imediata por meio de uma nota oficial, destacando que não compactua com condutas que representem risco à vida e à segurança de outras pessoas.
Segundo informações divulgadas pelo portal G1, o funcionário também atuava como agiota e vinha cobrando insistentemente uma dívida de uma mulher. No dia anterior ao crime, ele teria feito ameaças explícitas, afirmando que a devedora receberia “visitas” caso não realizasse o pagamento dentro do prazo estabelecido.
Essas atitudes já chamavam a atenção das autoridades antes mesmo da consumação do atentado, o que reforça a gravidade do seu comportamento.
Na manhã de quarta-feira, 20 de agosto, a mulher alvo das cobranças foi atacada em frente à própria residência, localizada em Sulacap, também na zona oeste do Rio.
No momento do crime, ela saía de casa acompanhada do marido para levar as filhas à escola. Foi surpreendida por um atirador vestido inteiramente de preto, utilizando touca ninja, óculos e luvas, o que dificultou a identificação. A vítima foi alvejada com 13 disparos, sendo socorrida em estado gravíssimo e levada imediatamente ao hospital, onde permanece internada sob cuidados intensivos.
Imagens registradas por câmeras de segurança instaladas na rua captaram toda a ação criminosa. Os vídeos se tornaram peça fundamental na investigação, já que revelam a frieza e a precisão do ataque, além de evidenciar a preparação do atirador para não deixar rastros.
Investigação e Prisão
Em depoimento à polícia, Diogo negou ser o autor dos disparos, mas admitiu que havia feito ameaças diretas à vítima em função da dívida. Essa contradição entre negação e confissão parcial reforçou as suspeitas contra ele. A prisão foi realizada por agentes da 33ª Delegacia de Polícia (Realengo), em uma ação coordenada com a 17ª DP (São Cristóvão) e a 54ª DP (Belford Roxo).
O delegado responsável pelo caso, Flávio Rodrigues, afirmou que as investigações continuam para identificar possíveis cúmplices e apurar se outras pessoas também podem ter sido vítimas das práticas de agiotagem e intimidação exercidas pelo suspeito. A linha de apuração não descarta a participação de comparsas, já que a dinâmica do crime indica organização e planejamento.
A Rede Globo, em nota oficial, declarou ter tomado conhecimento do caso com perplexidade e reforçou que, diante da gravidade das acusações, não havia alternativa senão desligar imediatamente o funcionário. A emissora ressaltou ainda seu compromisso em colaborar com as autoridades sempre que necessário.
O episódio evidencia não apenas a violência que assola o Rio de Janeiro, mas também a necessidade de rigor na apuração de vínculos criminosos que podem se esconder até mesmo em ambientes de trabalho considerados seguros.