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A Polícia Civil segue investigando o caso do cavalo que teve as patas decepadas com um facão no último fim de semana, em Bananal, no interior de São Paulo. O animal morreu em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas e, desde então, o episódio vem gerando enorme comoção em todo o país, mobilizando autoridades, ativistas e a opinião pública.
Nesta quarta-feira, 20 de agosto, uma nova perícia será realizada em Bananal, com apoio de agentes da Polícia Civil de São José dos Campos e de veterinários especializados. O objetivo é determinar se o cavalo já estava morto no momento da mutilação ou se ainda estava vivo quando sofreu o ato de crueldade.
A resposta para essa dúvida será fundamental para definir a responsabilidade criminal do tutor do animal.
Na terça-feira, 19, o delegado Rubens Luiz Fonseca Melo, responsável pelo caso, concedeu detalhes sobre as investigações, que têm como principal alvo o tutor do cavalo, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos.
Em depoimento, o jovem confessou ter mutilado o animal, mas alegou que a ação teria ocorrido somente após a morte. “O autor disse que o cavalo já estava morto. Que o animal não conseguiu subir uma ladeira, morreu e que, depois da morte, ele decepou as partes do cavalo”, explicou o delegado.
Contudo, a polícia trabalha com a suspeita de que a mutilação possa ter ocorrido enquanto o cavalo ainda estava vivo. “A gente está tentando descobrir se os ferimentos realmente foram causados após ou antes da morte do animal. Todavia os maus-tratos já estão aí porque, se o animal morreu de cansaço, já houve maus-tratos.
Mas é importante saber se ele já estava morto ou não”, destacou Melo.
Segundo estimativas da Polícia Civil, o cavalo percorreu quase 14 quilômetros em um trajeto íngreme, com muitas subidas, durante a cavalgada que antecedeu a morte e a mutilação. O esforço extremo pode ter levado o animal ao esgotamento, caracterizando crueldade mesmo antes do ato final de violência.
Ainda de acordo com a investigação, após a mutilação, Andrey contou que recebeu ajuda de um amigo da família para retirar o corpo da estrada. O cavalo foi amarrado por uma corda e arrastado por cerca de 760 metros por um carro, até ser jogado em uma vala de difícil acesso.
Durante a primeira perícia, realizada na terça-feira, a veterinária convocada pela polícia enfrentou dificuldades para avaliar o corpo devido às condições do terreno.
Mesmo assim, análises preliminares indicaram a existência de outros ferimentos de faca além das patas, incluindo marcas na região da barriga. “Parece que há ferimentos de faca no cavalo, além das patas, mas essa é a nossa dúvida: se foram causados em vida ou já em óbito”, afirmou o delegado.
Uma equipe de veterinários acompanhará a nova perícia para esclarecer definitivamente o caso. “Só o médico veterinário consegue fazer uma avaliação técnica. Vamos analisar o animal antes de realizar a necropsia, e então fazer a necropsia para entender o que aconteceu de fato”, explicou a veterinária Luana Tavares Chaves.