Notícias

Jovem morto por leoa na PB é sepultado e atitude de sua mãe chama atenção

Em uma tragédia que expõe a exclusão social, o corpo de Gerson de Melo Machado, o Vaqueirinho, foi sepultado em uma cerimônia marcada pela solidão, nesta última segunda-feira, dia 2 de dezembro, aos 19 anos de idade.

O jovem teve seus sonhos de um recomeço interrompidos de forma brutal e fatal ao ser atacado por uma leoa, dentro do zoológico de João Pessoa, dias após buscar documentos para tentar um emprego.

Sua mãe, Maria da Penha Machado, estava presente no sepultamento. O enterro foi acompanhado apenas por ela e uma prima, e a própria mãe, que sofre de esquizofrenia, hesitou antes de reconhecer o corpo do filho, revelando a tragédia dupla que vive a família.

Essa atitude da mãe, que ainda hesitou antes de conseguir reconhecer o corpo do jovem, chamou atenção por parte do público que acompanha o triste caso.

Com a notícia de sua morte, os detalhes de sua vida vieram à tona. Gerson cresceu passando por abrigos e só recebeu o diagnóstico de esquizofrenia aos 18 anos, tendo seu histórico marcado pelo abandono e pela falha na rede de proteção social.

Neste momento de dor, a prefeitura de João Pessoa abriu uma apuração para investigar as condições de segurança do zoológico. O caso expõe a falha do sistema em cuidar de um jovem que, até o fim, buscava uma chance concreta de recomeço.

A morte de Gerson lança luz sobre a fragilidade da rede de amparo social. O respeito pelo o que a dignidade humana e o cuidado com a saúde mental representam é uma cobrança feita à sociedade.

No momento, o corpo de Vaqueirinho descansa. O sentimento que fica é o de um luto amargo, a de uma vida ceifada por uma combinação fatal de exclusão, doença e falhas do sistema.