Jovem caiu em armadilha preparada por amiga Caso: João Vitor
O caso segue sob investigação das autoridades competentes.

A Polícia Civil do Acre prendeu, nesta última terça-feira (11), uma mulher suspeita de participação na morte de João Vitor da Silva Borges, de 21 anos, encontrado sem vida no Rio Juruá, na cidade de Cruzeiro do Sul. Segundo as investigações, a suspeita era uma pessoa próxima à vítima e utilizou essa relação de confiança para atraí-lo ao local onde foi assassinado. A apuração policial também revelou que ela possuía envolvimento com uma organização criminosa, o que levanta suspeitas sobre a motivação do crime.
João Vitor desapareceu no sábado, após sair de casa sem informar o destino. De acordo com a mãe do jovem, antes de partir, ele se despediu e afirmou que retornaria em breve.
O corpo foi localizado na manhã de terça-feira, com marcas de violência, incluindo ferimentos de faca no rosto e no pescoço, além de estar com as mãos amarradas. Devido ao avançado estado de decomposição, o cadáver foi entregue à família e sepultado logo depois.
A Polícia Civil confirmou que a execução foi ordenada por integrantes de uma facção criminosa e que João Vitor foi submetido ao chamado “tribunal do crime” antes de ser morto.
As investigações indicam que o local onde o corpo foi encontrado não foi o mesmo onde a morte ocorreu, sugerindo que ele foi transportado antes de ser jogado no rio. Outros envolvidos já foram identificados e as autoridades trabalham para realizar novas prisões nos próximos dias.
Embora a motivação do crime ainda não tenha sido oficialmente divulgada, a polícia já possui uma linha de investigação definida. Entretanto, segundo o delegado responsável, divulgar detalhes poderia expor a família da vítima e prejudicar o andamento das investigações.
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Além da relação da vítima com a suspeita e a facção criminosa, outras situações envolvendo João Vitor haviam chamado a atenção nos últimos dias. No início do mês, ele denunciou uma vizinha por maus-tratos a animais, após encontrar carne com veneno de rato na boca de seu gato de estimação.
A mulher admitiu ter colocado o veneno para eliminar roedores, mas acabou sendo presa em flagrante. Em outro episódio, ele segurou um homem que tentava fugir de uma abordagem policial.
No entanto, o delegado descartou qualquer relação entre esses incidentes e o assassinato, esclarecendo que a morte do jovem tem motivações distintas. O corpo de João Vitor foi encontrado durante uma operação especial da Polícia Militar, chamada Operação Oráculo, que visava reunir informações sobre seu paradeiro.
Durante a ação, um homem com mandado de prisão em aberto foi detido e encaminhado à delegacia para prestar depoimento. Desde o desaparecimento, familiares buscavam informações sobre o jovem e chegaram a registrar um boletim de ocorrência na Delegacia Geral de Polícia Civil.
A mãe relatou que ele estudava para se tornar eletricista e era muito querido pelos amigos. Além disso, ressaltou que o filho não costumava sair sem dar notícias, o que aumentou a preocupação da família assim que perderam contato com ele.
As investigações continuam para identificar e prender todos os envolvidos no crime, enquanto a polícia segue colhendo depoimentos e analisando provas para esclarecer completamente o caso.