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Investigações apontam detalhes assustadores sobre o caso da mãe que tirou a vida dos 5 filhos

O crime chocou a comunidade local e segue sendo investigado.

Investigações longas e falhas acumuladas ao longo de anos podem permitir que situações extremamente graves se repitam sem a devida interrupção. Em Minas Gerais, um caso que atravessou mais de uma década voltou ao centro do debate após novas decisões judiciais e revelações das autoridades.

O processo envolve uma mulher acusada de ter provocado a morte de cinco crianças da própria família, além de outros episódios igualmente graves, e agora avança para uma nova fase no Judiciário.

Gisele Oliveira, que deixou o país e foi localizada em Portugal, acabou detida no exterior em agosto e trazida de volta ao Brasil em outubro. Desde então, ela permanece custodiada no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, situado na cidade de Belo Horizonte, capital mineira

Na última semana, o Ministério Público de Timóteo decidiu levar a julgamento quatro pessoas relacionadas ao caso, incluindo a própria Gisele, dois ex-companheiros e a mãe dela.

Segundo a acusação, há indícios de que a avó das crianças tenha colaborado com a filha, embora responda ao processo em liberdade. Já os ex-companheiros seguem detidos preventivamente.

De acordo com o conjunto das investigações, Gisele responde por cinco mortes consumadas de filhos com idades entre 10 meses e 3 anos, além de duas tentativas contra outras pessoas próximas. Também pesam contra ela acusações relacionadas a crimes contra a dignidade íntima de crianças, envolvendo contextos familiares.

Parte dessas ocorrências teria sido praticada de forma direta, enquanto outras se enquadram como omissão diante de situações conhecidas. As apurações revelaram ainda que episódios anteriores não receberam a devida atenção das autoridades.

“No de 2023 teve inquérito a época e pedimos o toxicológico que deu negativo para dr0gas pesquisadas, mas não pesquisava medicações. Fizemos uma nova requisição já conhecedores de todo o histórico para medicações depressoras do sistema nervoso central e veio positivo. Ou seja, no momento da m0rte a criança estava sob efeito de Clonazepan”, afirmou a delegada.

Exames periciais positivos e registros antigos chegaram a ser tratados como acidentes domésticos, o que contribuiu para o arquivamento de investigações e permitiu que novos fatos ocorressem ao longo dos anos.

Apenas após o último caso, em 2023, foi possível reconstruir o histórico completo. O andamento do processo reacende discussões sobre a importância de investigações rigorosas, integração entre órgãos públicos e atenção a sinais recorrentes.

Especialistas apontam que a prevenção depende não apenas da punição, mas também da atuação eficiente do Estado para proteger crianças e interromper ciclos de negligência institucional.