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Identificado menino de 3 anos que perdeu a vida de maneira trágica ao calçar sapato que estava no quintal; entenda

O caso gerou uma enorme comoção.

Um trágico acidente envolvendo um menino de apenas três anos chamou a atenção para a segurança contra picadas de escorpião e para a eficiência no atendimento de emergência.

O pequeno Arthur Morais Carvalho Nascimento, morador de Jaguariúna, região de Campinas, morreu no último domingo (3), após ser picado por um escorpião escondido em seu calçado.

Este já é o segundo caso fatal de picada de escorpião na região em 2024, o que aumenta a preocupação com a proliferação desses animais e os recursos de saúde disponíveis para tratar acidentes desse tipo.

Segundo relatos de sua mãe, Michele Aparecida Carvalho, o acidente aconteceu no feriado de Finados, sábado (2), quando Arthur calçou uma bota no quintal de casa, onde o escorpião estava escondido.

Imediatamente após a picada, Michele levou o filho ao Hospital Walter Ferrari, em Jaguariúna, em busca de atendimento. Contudo, ela alega que o hospital local não possuía soro antiescorpiônico, o que teria atrasado o início do tratamento.

A criança foi, então, transferida para o Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas, mas Michele questiona a demora na aplicação do soro na nova unidade, ressaltando que o antídoto só foi administrado cerca de uma hora após a chegada.

Michele relatou momentos de angústia ao perceber a gravidade da situação, com a equipe ainda preparando a sala para receber Arthur, que estava em emergência. Segundo ela, a criança só começou a receber o soro às 15h03, uma hora depois de dar entrada no hospital da Unicamp.

Durante esse período, Arthur se queixava de dor intensa no peito e, posteriormente, precisou ser intubado. O menino não resistiu e veio a falecer no domingo às 11h30. A Polícia Civil registrou o caso, e a Polícia Científica foi chamada para investigar as circunstâncias que envolveram o atendimento médico.

O Hospital de Clínicas da Unicamp ainda não se pronunciou sobre as alegações da família, e o mesmo ocorre com o Hospital Walter Ferrari. A Secretaria Estadual de Saúde também foi questionada sobre a disponibilidade e distribuição do soro antiescorpiônico nas unidades da região, mas até o momento, não houve resposta.

Este caso levanta questionamentos sobre a prontidão e a capacidade do sistema de saúde para lidar com acidentes por animais peçonhentos, como escorpiões, que têm se tornado mais frequentes em várias regiões do país.

É fundamental que os hospitais, especialmente em áreas de risco, estejam equipados com o soro necessário e capacitados para atender rapidamente situações de emergência.

Além disso, é importante alertar a população para a necessidade de cuidados preventivos, especialmente em regiões onde esses animais têm se multiplicado, e reforçar os protocolos de saúde para salvar vidas e evitar que tragédias como esta voltem a ocorrer.