Identificadas todas as 6 vítimas fatais do tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu; governo decreta luto oficial
A forte tempestade atingiu a região nesta última sexta, dia 7 de novembro

A sexta, dia 7 de novembro, foi marcada pelo forte impacto de uma grande tempestade que mudará para sempre a história de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná. Em questão de segundos, um poderoso tornado, classificado como EF3 pelo Simepar, destruiu quase 80% da cidade, arrastando casas, veículos e sonhos.
Ventos de até 250 km/h transformaram ruas em rastros de destroços. Seis pessoas perderam a vida, incluindo uma adolescente de apenas 14 anos. Mais de 750 moradores ficaram feridos e mais de mil estão desabrigados. O governo estadual decretou luto oficial de três dias, em respeito às vítimas e suas famílias.
As vítimas já foram identificadas pela Polícia Científica do Paraná: Julia Kwapis (14 anos), Adriane Maria de Moura (47), Jose Neri Geremias (53), Jurandir Nogueira Ferreira (49), Claudino Paulino Risse (57) e Jose Gieteski (83).
Todos tiveram suas vidas interrompidas de forma inesperada, em meio à fúria dos ventos que arrancaram árvores, destruíram prédios e deixaram o cenário irreconhecível. Segundo o meteorologista Samuel Braun, do Simepar, o fenômeno foi gerado por uma supercélula.
Uma tempestade intensa com um núcleo de rotação capaz de produzir tornados extremamente destrutivos. Braun afirmou que, em mais de duas décadas de trabalho, nunca havia testemunhado um evento de tamanha intensidade no estado. “Foi um dos tornados mais fortes já registrados no Paraná”, destacou.
Moradores descrevem momentos de puro desespero. O professor de judô Marcelo Gomes relatou que, ao proteger seus alunos, viu o ginásio desabar em segundos. O vigilante Adilson Camilo contou que sua casa foi completamente destruída e um de seus carros “voou cerca de dez metros”.
Equipes de resgate, bombeiros e voluntários ainda trabalham entre os escombros em busca de desaparecidos. Caminhões com cestas básicas, kits de higiene e colchões partem de Curitiba rumo à região. Enquanto isso, a cidade tenta se reerguer, unida pela solidariedade e pela esperança de reconstruir o que os ventos levaram.





