Homem que tirou a vida de três mulheres em Ilhéus, revela motivo assustador à polícia: “Iria junt…Ver mais

O sul da Bahia ainda está abalado com o brutal assassinato de três mulheres em Ilhéus. O caso, ocorrido na manhã de 16 de agosto, ganhou novos contornos após a confissão de Thierry Lima da Silva, 23 anos, que admitiu ter esfaqueado as vítimas durante uma tentativa de assalto.
Segundo a Polícia Civil, Thierry vive em situação de rua e é usuário de drogas. No interrogatório, relatou que agiu sozinho e estava sob forte efeito de entorpecentes no momento do crime. “Eu queria roubar, arrastei uma delas pelo braço, mas as outras tentaram me impedir e eu acabei atacando todas”, disse em depoimento.
O suspeito confessou ter levado apenas R$ 30 após o ataque.
As vítimas — Alexsandra Oliveira Suzart, 45 anos, Maria Helena do Nascimento Bastos, 41, e Mariana Bastos da Silva, 20 — estavam passeando com um cachorro na Praia dos Milionários, um dos pontos turísticos mais frequentados de Ilhéus.
Os corpos foram encontrados pouco depois, na Praia do Sul, causando comoção na cidade e nas redes sociais.
A investigação apontava desde o início que o autor do triplo homicídio seria alguém em situação de rua, com histórico de crimes e vício em drogas. Thierry se encaixava no perfil traçado pelos investigadores.
Ele já tinha passagens por furto, lesão corporal, violência doméstica, ameaça, danos ao patrimônio e até tráfico de drogas, acumulando antecedentes criminais desde a adolescência.
As três vítimas eram bastante conhecidas na comunidade local. Alexsandra e Maria Helena eram amigas e vizinhas, além de atuarem juntas no Centro de Referência à Inclusão de Ilhéus, oferecendo atendimento especializado a pessoas com deficiência.
Mariana, filha de Maria Helena, cursava Engenharia Agrícola e Ambiental na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e tinha apenas 20 anos. Elas moravam a cerca de 200 metros da praia onde foram atacadas.
A violência do crime gerou uma onda de indignação. Moradores de Ilhéus realizaram vigílias e protestos pedindo mais segurança e políticas públicas de prevenção à violência, especialmente contra mulheres.
Nas redes sociais, amigos e familiares das vítimas lamentaram a tragédia e pediram justiça.
A delegada Katiana Amorim, responsável pelo caso, afirmou que a investigação busca entender se houve algum tipo de premeditação ou se o ato foi resultado do uso de drogas e da tentativa de roubo, como alega Thierry.
“Embora ele tenha confessado, o inquérito continua para esclarecer todos os detalhes. A crueldade do ato exige uma apuração rigorosa”, declarou.
A tragédia expõe problemas estruturais de muitas cidades brasileiras: a vulnerabilidade de pessoas em situação de rua, a falta de tratamento efetivo para dependentes químicos e a ausência de políticas de segurança em áreas turísticas.
“Não podemos normalizar que uma caminhada matinal termine em uma tragédia dessas proporções”, disse um morador durante uma homenagem às vítimas.
Com a confissão do suspeito, o caso caminha para a fase final de apuração, mas a dor causada pela perda de Alexsandra, Maria Helena e Mariana ainda ecoa em Ilhéus. A cidade clama por justiça e por mudanças que possam evitar que histórias como essa se repitam.