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Descanse em paz Vinicius: C0rp0 de querido professor é encontrado cheio de… Ver mais

A tranquilidade de um domingo de agosto foi abruptamente interrompida por uma notícia que abalou a Zona Leste de São Paulo. O corpo do professor de educação física Vinicius Moutinho de Paula, de apenas 28 anos, foi encontrado sem vida dentro de seu carro, estacionado em uma rua da região, no último dia 17.

O caso, inicialmente tratado como “morte a esclarecer”, rapidamente ganhou contornos de mistério e desconfiança, principalmente após o depoimento da ex-namorada, última pessoa a vê-lo com vida. Desde então, a tragédia pessoal se transformou em uma investigação carregada de dúvidas, versões contraditórias e questionamentos familiares que mobilizam a opinião pública.

Segundo relatos prestados à polícia, a ex-namorada afirmou ter passado a noite com Vinicius em um motel. Ela relatou que o jovem teria consumido álcool e cocaína, ficando sem condições de dirigir. Em meio a uma discussão, ainda segundo seu depoimento, ela teria deixado o local em um carro de aplicativo, abandonando o professor dormindo no banco de trás do próprio veículo.

Horas mais tarde, ele seria encontrado morto, em circunstâncias ainda obscuras. A versão, porém, não convenceu a família, que contesta cada detalhe da narrativa apresentada.

O irmão da vítima, Nicolas Luiz, foi categórico ao afirmar que a atitude da ex-namorada não faz sentido. “Meu irmão nunca deixaria que ela assumisse o volante.

Ele era cuidadoso demais para isso. O que nos intriga é por que ela não procurou ajuda ou avisou a família quando o deixou sozinho. Perdemos mais de 12 horas tentando encontrá-lo, sem nenhuma informação por parte dela”, disse, em tom de revolta. A ausência de contato imediato e a frieza no relato reforçaram, para os familiares, a suspeita de que há muito mais por trás do que foi dito no boletim de ocorrência.

A mãe de Vinicius acrescentou um dado ainda mais delicado ao caso. Em depoimento, ela contou que, em outra ocasião, o filho teria sido dopado pela mesma ex-namorada, após a jovem supostamente misturar medicamentos em sua bebida. O relato acendeu um alerta dentro da investigação, aumentando a pressão para que os peritos analisem com rigor as substâncias encontradas no corpo do professor.

Para a família, a morte não pode ser reduzida a um acidente ou ao simples consumo de drogas, mas precisa ser encarada como algo que pode ter sido provocado.

As imagens de câmeras de segurança reforçam ainda mais as contradições. Elas mostram Vinicius chegando sozinho ao motel na noite de sábado, 16 de agosto, e, horas depois, registram sua ex-namorada deixando o local também sozinha, dirigindo o carro dele.

Pouco depois, o veículo reapareceu parado em uma rua, onde o corpo foi localizado. O detalhe coloca em xeque a versão de que ele estaria dormindo no banco de trás quando ela o deixou no motel. A investigação busca agora entender o trajeto percorrido, a cronologia dos fatos e a razão pela qual o automóvel foi devolvido sem a presença da vítima ao volante.

Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu o caso e já confirmou que o corpo apresentava sangramento na região da cabeça. No interior do carro, foram encontradas garrafas de cerveja, que podem indicar um consumo de álcool, mas não necessariamente explicam a causa da morte.

A polícia aguarda laudos toxicológicos e periciais para definir se houve overdose, agressão física ou outro tipo de violência. Paralelamente, depoimentos de familiares e amigos seguem sendo colhidos, na tentativa de traçar o perfil da relação que Vinicius mantinha com a ex-namorada, que agora figura como a principal testemunha — e, indiretamente, como alvo de desconfiança.

Enquanto a investigação avança, a comunidade onde Vinicius trabalhava como professor de educação física lamenta a perda precoce. Conhecido por ser dedicado aos alunos e apaixonado pelo esporte, ele deixa um vazio não apenas no seio da família, mas também entre colegas e estudantes.

Para quem convivia com ele, as circunstâncias da morte soam ainda mais dolorosas por estarem cercadas de incertezas. “Era um jovem cheio de sonhos, que vivia para ensinar e ajudar os outros. Ver sua história terminar dessa forma é cruel demais”, comentou um ex-aluno, emocionado.

Agora, a expectativa se volta para os próximos passos da investigação. Com as provas técnicas em andamento e a versão da ex-namorada sendo cada vez mais questionada, a verdade sobre o que aconteceu na noite que antecedeu a morte de Vinicius ainda precisa ser esclarecida.

Entre dor e indignação, a família clama por justiça e cobra respostas que possam, ao menos, amenizar a sensação de impotência diante de uma vida interrompida tão cedo. A pergunta que ecoa na Zona Leste e nas redes sociais permanece: o que realmente aconteceu com o jovem professor naquela madrugada?