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De corta o coração: Mãe e filhos são encontrad0s m0rt0s após bat… Ver mais

Comunidade se mobiliza em apoio à única sobrevivente do carro da família, uma adolescente de 12 anos que luta pela vida no hospital

A rotina de uma família foi abruptamente interrompida em uma manhã de domingo marcada por dor, perda e consternação. Um acidente grave na BR-153, nas proximidades de Centralina (MG), vitimou fatalmente Stefany Jesus Oliveira, de 26 anos, e seus dois filhos, Daniel, de 7 anos, e Esther, de apenas 3. O ocorrido, registrado por volta das 11h30 do dia 13 de julho, causou forte comoção em Rio Verde (GO), cidade onde a família residia.

O veículo em que estavam foi atingido durante uma sequência de colisões envolvendo uma carreta e outros dois automóveis. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um dos carros colidiu de frente com a carreta e, desgovernado, invadiu a pista contrária, atingindo o carro onde estavam Stefany e os filhos.

A força do impacto foi tamanha que Esther e Daniel morreram ainda no local do acidente. Stefany chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos graves ferimentos e faleceu após atendimento médico emergencial. No veículo também estava Marya Luiza, de 12 anos, filha mais velha de Stefany, que sobreviveu, mas foi levada em estado crítico ao Hospital de Itumbiara (GO). A adolescente segue internada, e seu estado de saúde ainda inspira cuidados intensivos, segundo relatos da família.

A tragédia devastadora se espalhou rapidamente pelas redes sociais, onde amigos, familiares e desconhecidos expressaram solidariedade e revolta diante da brutalidade da perda. A comoção tomou conta da cidade de Rio Verde, que amanheceu de luto coletivo nesta segunda-feira, 14 de julho, quando os corpos das vítimas foram sepultados no Cemitério São Sebastião.

Caminho sem volta

As investigações sobre as causas do acidente seguem em andamento. A PRF informou que um laudo técnico será elaborado para esclarecer a dinâmica da colisão e se houve imprudência ou falha mecânica por parte de algum dos envolvidos. Por ora, o que resta são fragmentos de vidas interrompidas e o silêncio ensurdecedor deixado pela ausência de uma mãe jovem e seus dois filhos ainda pequenos.

Stefany, segundo relatos de amigos próximos, era conhecida pelo amor que dedicava aos filhos e pela alegria com que enfrentava a vida. “Ela era uma mãe guerreira, sempre lutando pelos filhos. A dor é insuportável”, lamentou Marya Eduarda Ribeiro, prima da vítima, em entrevista emocionada.

Rodovias que matam

O caso reacende o debate sobre as condições de segurança nas rodovias brasileiras, especialmente na BR-153, que já registra histórico preocupante de acidentes fatais. A estrada, considerada uma das principais ligações entre as regiões Sul e Norte do país, tem trechos perigosos e mal conservados, além de registrar tráfego intenso de veículos pesados.

Especialistas alertam que, além da má conservação de algumas vias, fatores como imprudência ao volante, excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas e cansaço de motoristas são as principais causas de acidentes graves no país. Em muitos casos, as vítimas sequer têm chance de reagir ou se proteger, como foi o caso da família de Stefany.

Solidariedade em meio à dor

Diante do sofrimento inimaginável, a comunidade de Rio Verde se mobilizou para oferecer apoio à única sobrevivente da tragédia, a adolescente Marya Luiza. Amigos e parentes organizaram correntes de oração e campanhas de doação para ajudar nas despesas médicas e no acompanhamento psicológico da menina, que, além das sequelas físicas, terá de lidar com a ausência irreparável da mãe e dos irmãos.

Em meio à tristeza, a solidariedade tem sido um alento para os entes queridos. “A dor não vai passar, mas saber que não estamos sozinhos ajuda a seguir em frente”, disse um familiar, pedindo forças para amparar Marya em sua recuperação.

Um luto que é de todos

Histórias como a de Stefany, Daniel e Esther não deveriam ser comuns, mas infelizmente se repetem com frequência nas estradas brasileiras. Em cada cruz que margeia as rodovias, há uma família despedaçada, sonhos interrompidos e vidas que jamais serão as mesmas.

Enquanto as autoridades trabalham para esclarecer o que levou à colisão fatal, o que permanece é um sentimento de impotência diante de uma tragédia que poderia ter sido evitada. E, sobretudo, a urgência de se olhar com mais seriedade para a segurança viária no país.

A cidade de Rio Verde, ainda em choque, agora tenta se reerguer, unida pelo luto e pela esperança de que Marya Luiza consiga sobreviver — e, com o tempo, reencontrar forças para continuar sua jornada.