Coube aos médicos darem triste notícia ao Brasil sobre Faustão, ele… Ver mais

O Brasil acompanha com apreensão as notícias sobre o estado de saúde de Fausto Corrêa da Silva, o Faustão, um dos apresentadores mais queridos da televisão brasileira. Aos 75 anos, ele está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 21 de maio, em decorrência de uma infecção bacteriana aguda que evoluiu para sepse — uma reação inflamatória grave que pode provocar falência múltipla dos órgãos. Nesta semana, a situação se agravou após ele passar por dois procedimentos complexos: um retransplante de rim e um transplante de fígado realizados no mesmo dia.
Segundo o cardiologista Elisiário Júnior, que concedeu entrevista ao podcast ielcast, o quadro é considerado “extremamente grave” e as chances de recuperação são baixas. Apesar de não fazer parte da equipe médica responsável pelo tratamento, o especialista destacou que o histórico de Faustão, com múltiplos transplantes e uma infecção ativa, coloca o apresentador em uma condição de altíssimo risco. “Foram quatro transplantes em um período de dois anos, somados a um processo infeccioso severo. Quanto mais órgãos transplantados, mais delicada se torna a situação”, explicou.
O apresentador já havia passado por um transplante cardíaco e um transplante renal anteriores. Agora, com o retransplante de rim e o transplante de fígado, o corpo precisa se adaptar a novos órgãos enquanto lida com a sepse. A condição obriga os médicos a utilizarem imunossupressores para evitar rejeição, ao mesmo tempo em que é necessário combater bactérias resistentes com antibióticos de amplo espectro. Essa combinação, segundo especialistas, é um verdadeiro desafio para qualquer equipe médica, pois enfraquece ainda mais o sistema imunológico do paciente.
A sepse é conhecida por sua gravidade: trata-se de uma resposta exagerada do organismo a uma infecção, que pode rapidamente comprometer funções vitais como respiração, circulação e metabolismo. Em pacientes com histórico de internação prolongada, aumenta o risco de contrair germes hospitalares resistentes, o que dificulta ainda mais o controle da infecção. “Mesmo com antibióticos potentes, o cenário nem sempre é favorável. Em alguns casos, é preciso reduzir a dose de medicamentos que inibem a rejeição, e isso abre espaço para que novas infecções se manifestem”, detalhou Elisiário Júnior.
O especialista ressalta que, embora a sepse de Faustão esteja “um pouco controlada” com o uso de antibióticos, a soma de fatores pesa contra o apresentador. Além da idade avançada, o desgaste físico causado por sucessivas cirurgias e a necessidade de manter órgãos recém-transplantados em funcionamento colocam o corpo sob enorme estresse. “É uma possibilidade muito grande de um desfecho fatal. O conjunto da obra mostra um paciente extremamente grave”, afirmou.
A notícia mobilizou fãs, amigos e personalidades da mídia, que vêm manifestando apoio nas redes sociais. Mensagens de força e homenagens destacam não apenas o profissional que marcou gerações com seu carisma e irreverência, mas também a coragem com que vem enfrentando sua luta pela vida. Desde que deixou os palcos da televisão, Faustão tem vivido um período marcado por desafios médicos, mas sempre demonstrou resiliência e otimismo nas raras ocasiões em que falou publicamente sobre seu estado de saúde.
Enquanto a equipe médica mantém o tratamento intensivo, o Brasil aguarda, ansioso, por sinais de melhora. As próximas horas e dias serão determinantes para avaliar a resposta do organismo aos transplantes e ao combate à infecção. Apesar do prognóstico reservado, a torcida pela recuperação do apresentador é unânime. A trajetória de Faustão na televisão, marcada por décadas de sucesso, se mistura agora à esperança coletiva de que ele possa vencer mais essa batalha — uma das mais difíceis de sua vida.
