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Caso Vitória Regina: como família identificou a vítima mesmo com corpo já em estado de decomposição

O desaparecimento da adolescente Vitória Regina de Souza, de 17 anos, teve um desfecho trágico na tarde desta quarta-feira (5), quando seu corpo foi encontrado em uma área rural do município de Cajamar, que está situado na Região Metropolitana de São Paulo. A jovem estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, e a identificação foi feita pela família com base em tatuagens no braço e na perna, além de um piercing no umbigo.

A brutalidade do crime chocou as autoridades e a comunidade. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Aldo Galiano Junior, a vítima sofreu tortura antes de ser morta, teve a cabeça raspada e foi decapitada.

O corpo estava em avançado estado de decomposição, o que dificulta a apuração de detalhes sobre a causa da morte. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as investigações continuam para identificar os responsáveis pelo assassinato.

Imagens de câmeras de segurança registraram os últimos momentos da adolescente antes de desaparecer. Vitória foi vista chegando a um ponto de ônibus após sair do trabalho e, logo depois, embarcando no transporte público.

Momentos antes, enviou mensagens para uma amiga relatando ter sido abordada por homens em um carro. Nos áudios, demonstrou receio ao perceber a aproximação dos indivíduos e mencionou que outros dois homens também estavam no ponto de ônibus, o que a deixou ainda mais apreensiva.

Durante o trajeto no ônibus, a jovem informou que os dois homens entraram no mesmo veículo e que um deles se sentou atrás dela. Contudo, ao descer do transporte e seguir em direção a sua casa, enviou uma última mensagem à amiga, tentando tranquilizá-la ao afirmar que os desconhecidos não haviam descido no mesmo ponto.

As autoridades agora buscam esclarecer as circunstâncias do crime e identificar os suspeitos. A brutalidade do caso levanta preocupações sobre a segurança de mulheres em espaços públicos e reforça a necessidade de medidas mais eficazes para combater a violência.

A investigação segue em andamento para trazer justiça à vítima e sua família. Não há informações sobre a liberação do corpo para que os familiares possam realizar o velório e sepultamento da adolescente.