Caso da mulher que ϻɒrreu após sɑir com 5 hoϻeƞs ao mesmo tempo tem desfe…Ver mais

A morte de Sarah Picolotto dos Santos Grego, jovem de apenas 20 anos, abalou moradores de Ubatuba (SP) e sua cidade natal, Jundiaí (SP). O corpo foi encontrado na sexta-feira (15), no litoral norte paulista, após quase uma semana de buscas. Sarah trabalhava como body piercer, era conhecida pelo jeito cativante e, segundo familiares, será sempre lembrada pelo coração generoso que possuía.
O caso está sob investigação da Polícia Civil, que apura a possibilidade de estupro coletivo seguido de homicídio.
De acordo com informações da polícia, Sarah teria ingerido bebidas alcoólicas e se envolvido com cinco rapazes. Em seguida, deixou o local acompanhada de um deles, um homem de 24 anos.
Este confessou ter enforcado a jovem após uma discussão e ocultado o corpo em uma área de mata. Apesar da confissão, o suspeito não permaneceu preso, pois a Justiça entendeu que sua postura colaborativa não representava risco às investigações. A 2ª Vara Criminal de Ubatuba negou o pedido de prisão temporária feito pela polícia, decisão contra a qual o Ministério Público já recorreu.
Para o pai da vítima, Leonardo Grego, a perda é irreparável e a sensação de injustiça aumenta diante da liberdade do acusado. Em entrevista e publicações nas redes sociais, ele expressou revolta. “Ele não sabe a dor que minha casa está passando, nem a brutalidade que fizeram com minha filha”, escreveu.
À TV TEM, desabafou: “Será que ele vai realmente colaborar? Ou alguém vai ajudá-lo a desaparecer? A vida da minha filha não volta mais”.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) explicou que, em situações como essa, a prisão só pode ocorrer em flagrante delito ou mediante ordem judicial.
Segundo Wesley Portugal, presidente da Comissão de Direito Penal da OAB de Jundiaí, mesmo diante de uma confissão, se não houver flagrante, a detenção depende de decisão do juiz. Esse detalhe jurídico revolta familiares e amigos, que cobram mudanças nas leis e punição imediata aos envolvidos.
Sarah havia falado com parentes pela última vez na noite de 10 de agosto. Na ligação, disse não estar bem e pediu dinheiro para retornar para casa. O pai se mobilizou para enviar o primo Felipe Cruz em busca dela. Contudo, a ligação caiu antes que Sarah enviasse a localização exata.
“Logo depois não conseguimos mais contato. Foi desesperador”, recorda Felipe.
O desaparecimento foi registrado no sábado (9), quando ela deixou de responder mensagens. Desde então, familiares iniciaram buscas e acompanharam de perto o trabalho da polícia. O desfecho, contudo, trouxe apenas dor: o corpo foi localizado em avançado estado de decomposição.
O sepultamento ocorreu no domingo (17), no Cemitério Memorial Parque da Paz, em Jundiaí. Não houve velório, justamente pelas condições em que o corpo foi encontrado. Amigos e parentes se reuniram para prestar homenagens e exigir justiça.
O caso segue em investigação e a principal linha de apuração é de que Sarah tenha sido vítima de violência sexual antes de ser assassinada. A família insiste que só descansará quando todos os responsáveis forem punidos.