Câncer no Ânus Raro Pode Aparecer Na Vida de Mulheres Que Praticam Se…Ver mais

Nem todas as histórias que chamam a atenção nas redes sociais envolvem celebridades diretamente, mas algumas ganham proporções virais justamente por tratarem de temas considerados tabus — e que afetam milhares de pessoas. Foi o caso recente da repercussão em torno de um tipo de câncer raro: o câncer anal, que está aparecendo com mais frequência em mulheres que praticam certas atividades íntimas, conforme alertam médicos especialistas.

A discussão começou depois que uma médica oncologista renomada, Dra. Fernanda Lopes, participou do podcast “Corpo em Alerta” e revelou que muitas mulheres estão descobrindo tumores anais em estágios já avançados.
“Estamos vendo um aumento significativo de casos em mulheres jovens, com vida sexual ativa e, muitas vezes, sem histórico familiar da doença”, disse ela no episódio. O choque da declaração veio quando ela revelou a possível associação com o sexo anal desprotegido, especialmente quando combinado com infecções por HPV.
A fala de Dra. Fernanda viralizou nas redes sociais, gerando discussões acaloradas. Muitas pessoas ficaram assustadas por nunca terem ouvido falar sobre esse tipo específico de câncer, e outras criticaram a forma como o tema foi tratado, afirmando que isso poderia gerar estigma ou culpar mulheres por escolhas íntimas.
No entanto, especialistas reforçaram que o objetivo não é causar medo, e sim alertar para a importância da prevenção.

“Não se trata de demonizar a prática, mas de orientar”, afirmou o ginecologista Dr. Marcelo Rangel, em entrevista ao portal Viva+.
“O uso de preservativos, a vacinação contra HPV e a realização de exames periódicos são formas simples e eficazes de reduzir esse risco. A desinformação é que mata”, completou ele.
Entre os relatos que surgiram após a repercussão, um dos mais emocionantes foi o de Joana*, de 39 anos, que descobriu o câncer após meses sentindo desconforto e vergonha de procurar ajuda.
“Eu achava que era só uma fissura. Quando vi, já estava com um tumor em estágio 2. Se tivesse ouvido isso antes, talvez tivesse buscado ajuda mais cedo”, desabafou ela.
A conversa sobre o câncer anal ganhou força — e, mesmo que desconfortável para alguns, ela se mostrou necessária. Afinal, quando o assunto é saúde íntima, o silêncio pode ser mais perigoso do que qualquer diagnóstico.