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Buscas por menina de 5 anos que desapareceu chegam ao fim com prisão de suspeitos

O caso deixou familiares e amigos devastados.

A cidade de Itapetininga, no interior de São Paulo, foi abalada nesta terça-feira, 14 de outubro, pela confirmação da morte da menina Maria Clara Aguirre Lisboa, de cinco anos, que estava desaparecida havia alguns dias.

Após intensas buscas e investigação policial, a mãe da criança, Luiza Aguirre Barbosa da Silva, e o padrasto, Rodrigo Ribeiro Machado, confessaram ter sido responsáveis pela morte da menina e pela ocultação do corpo, encontrado concretado no quintal da casa onde a família morava.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Franco Augusto, os suspeitos admitiram que demoraram cerca de dois dias para enterrar o corpo de Maria Clara e concretar o local na tentativa de esconder o crime.

A equipe policial localizou o corpo em uma cova rasa nos fundos do imóvel, já em avançado estado de decomposição. O exame preliminar indicou que a menina apresentava lesões causadas por objeto contundente, provavelmente ferramentas utilizadas na casa.

As investigações tiveram início após uma denúncia feita pela avó paterna da criança ao Conselho Tutelar, comunicando o desaparecimento da neta. Inicialmente, a polícia tratava o caso como um desaparecimento comum, sem indícios de envolvimento familiar.

No entanto, o comportamento contraditório dos responsáveis e inconsistências nos depoimentos levantaram suspeitas, levando os investigadores a concentrar esforços na residência onde Maria Clara vivia.

Com as confissões, Luiza e Rodrigo foram detidos e encaminhados à delegacia, onde permanecem à disposição da Justiça. Não há informações sobre a liberação do corpo para que os familiares possam providenciar o sepultamento.

A Polícia Civil pediu a prisão temporária do casal e agora apura se outras pessoas próximas tiveram participação no crime, entre elas os pais de Rodrigo, que moravam no mesmo endereço e são proprietários do imóvel.

O caso gerou forte comoção na comunidade e reacendeu o debate sobre a necessidade de atenção às denúncias de maus-tratos e negligência infantil. As autoridades reforçam a importância de que vizinhos, familiares e instituições de ensino estejam atentos a sinais de abuso, de modo a evitar que situações de sofrimento e risco para crianças passem despercebidas.