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Após operação no RJ que deixou mais de 60 mortos, Lula recebe grave acusação

O clima político entre o Palácio Guanabara (sede do governo do Estado do Rio de Janeiro) e o Palácio do Planalto (sede da Presidência da República) voltou a esquentar após uma operação policial no Rio que resultou em mais de sessenta mortes. Jornal de Notícias+3Metrópoles+3CNN Brasil+3

Na manhã desta terça-feira, sob comando do governo fluminense, foi deflagrada uma megaoperação nos complexos da Complexo do Alemão e da Complexo da Penha, Zona Norte do Rio, que se tornou a ação mais letal já registrada no estado. Pelo menos sessenta pessoas perderam a vida no confronto entre forças públicas e facção criminosa. Jornal de Notícias+1

O governador Cláudio Castro (PL-RJ) fez duras críticas ao governo federal, afirmando que o Rio está “sozinho” no enfrentamento ao crime organizado. Ele disse que pedidos de auxílio com blindados foram negados, sob a alegação de que o presidente seria contrário à atuação de GLO – Garantia da Lei e da Ordem. Metrópoles+1

O governo federal, por seu turno, rebateu as acusações. Há divergências entre os dois entes da federação sobre quem solicitou o apoio ou se este foi solicitado, e sobre a coordenação da ação de segurança. O Antagonista+1

A oposição aproveitou o episódio para acusar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de omissão no combate à violência no Rio de Janeiro, num momento de forte repercussão pública do caso. CNN Brasil+1

O cenário reflete uma tensão cada vez mais aberta entre os governos estadual e federal, em especial no que diz respeito à política de segurança pública e à coordenação entre esferas de poder. Resta ver como a articulação entre os dois níveis será retomada ou redefinida nos próximos dias.