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Na noite deste domingo (20), o Brasil parou diante de uma notícia que ninguém gostaria de receber. Preta Gil, cantora, atriz e empresária de espírito vibrante e talento multifacetado, faleceu após uma intensa batalha contra o câncer colorretal. A artista, que vinha lutando contra a doença desde janeiro de 2023, não resistiu à evolução do quadro clínico, que se agravou nos últimos dias.
Preta Gil estava em Nova York, nos Estados Unidos, onde se submetia a um tratamento experimental. A decisão de buscar alternativas fora do país foi motivada por sua fé inabalável na vida e sua vontade de vencer a doença para continuar fazendo o que mais amava: viver intensamente ao lado da família, dos amigos e do público.
Últimos desejos de uma mulher que viveu com intensidade
Sabendo da gravidade da sua condição, Preta compartilhou com amigos próximos seus últimos desejos. Segundo fontes próximas ouvidas pela coluna de Fábia Oliveira, ela expressou com clareza e serenidade como gostaria de ser homenageada após sua partida: desejava ser velada no Rio de Janeiro, cidade onde viveu grandes momentos de sua carreira, e enterrada na Bahia, sua terra de origem e de afeto, onde construiu laços profundos com a cultura e com o público.
A família da artista ainda não divulgou informações oficiais sobre o velório e o sepultamento, mas um comunicado deve ser emitido nas próximas horas. O que se sabe até agora é que Preta demonstrou, até o fim, o desejo de voltar ao Brasil. Ela havia solicitado uma UTI aérea para retornar neste domingo (20), mesmo em estado bastante delicado. Era um pedido emocional, quase simbólico: queria tocar sua terra novamente.
A luta de uma guerreira
Nos bastidores dessa batalha, que durou mais de um ano, Preta Gil foi exemplo de transparência, força e coragem. Desde o diagnóstico, ela dividiu com o público os altos e baixos do tratamento, sem esconder o sofrimento, mas sempre com mensagens de esperança.
No último dia 16 de julho, durante uma nova sessão de quimioterapia, a cantora sentiu-se mal e foi avaliada por médicos da clínica onde realizava o tratamento. Ali, veio a constatação que todos temiam: o câncer havia se espalhado ainda mais, atingindo outros órgãos, o que tornou o quadro irreversível.
Mesmo diante da notícia devastadora, Preta não deixou que o medo definisse seus últimos dias. Ao lado do filho Francisco, de 28 anos, e da neta Sol de Maria, de apenas 7, tentou manter-se forte. Amigos íntimos, como a atriz Carolina Dieckmann, também viajaram às pressas para os Estados Unidos. Carolina, que estava gravando cenas da novela Vale Tudo, conseguiu uma pausa nas gravações, mas ao chegar em Nova York se deparou com um cenário mais grave do que imaginava.
Uma trajetória marcada por autenticidade e amor
Preta Gil nasceu em 8 de agosto de 1974, filha do cantor e ex-ministro Gilberto Gil. Com personalidade forte, talento nato e muita irreverência, ela construiu uma carreira sólida na música, com hits que falavam de amor, autoestima e liberdade. Também teve passagens marcantes pela televisão e pelo teatro, além de empreendimentos no mundo da moda e da beleza.
Não apenas como artista, mas como mulher negra, mãe solo, empresária e militante das causas LGBTQIAPN+, Preta Gil sempre foi uma voz ativa na defesa de um Brasil mais justo, inclusivo e plural. Seu legado vai muito além da música. Ela era símbolo de resistência, empatia e afeto.
Reações e homenagens
Desde o anúncio de sua morte, redes sociais foram tomadas por homenagens de fãs, amigos e colegas de profissão. O nome da cantora figura entre os assuntos mais comentados do país, com mensagens que destacam sua generosidade, alegria contagiante e o impacto positivo que teve na vida de tantos.
“Ela nunca teve medo de ser quem era”, escreveu um fã. “Preta era luz, coragem e arte. Vai fazer falta”, comentou outro.
O país agora se despede não apenas de uma artista, mas de uma mulher que viveu com intensidade, que amou com profundidade e que ensinou, até nos momentos mais difíceis, que a vida merece ser celebrada todos os dias.
Preta Gil nos deixa aos 50 anos, mas sua voz, sua história e sua energia seguirão presentes — nos palcos, nas memórias e nos corações de quem aprendeu a admirá-la muito além da música.
