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Advogado Luiz Felipe Pereira da Cunha, que havia denunciado Moraes, é encontrado morto

A manhã desta segunda-feira, 8 de novembro, começou com uma notícia que abalou profundamente o meio jurídico: o advogado Luiz Felipe Pereira da Cunha, amplamente reconhecido por sua atuação firme e comprometida, morreu após sofrer um infarto fulminante. A informação foi divulgada pelo perfil Advogados de Direita Brasil no Instagram, em uma nota marcada por forte emoção e homenagens.

O comunicado expressou pesar pela perda e enviou mensagens de solidariedade aos familiares, amigos e colegas de profissão. Em poucas horas, centenas de comentários foram publicados, demonstrando o respeito e a admiração que Luiz Felipe conquistou ao longo da carreira. Mesmo em um cenário de debates acirrados nas redes sociais, o momento gerou uma rara união entre profissionais de diferentes correntes do direito.

A Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB/DF) e a Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF) também emitiram nota conjunta lamentando o falecimento. As instituições ressaltaram a relevância do trabalho desenvolvido por Luiz Felipe e prestaram apoio à família. Nos últimos anos, tanto a OAB/DF quanto a CAADF têm reforçado ações relacionadas ao bem-estar e à saúde mental dos advogados — um tema que se intensificou após a pandemia.

Luiz Felipe ganhou destaque por representar réus condenados pelos atos de 8 de janeiro. Entre seus clientes estavam Adalgiza Maria Dourado, de 65 anos; Claudinei Pego da Silva; Jucilene Nascimento, de 62 anos; e Ana Flávia de Souza, de 45 anos — todos condenados pelo Supremo Tribunal Federal, com penas entre 14 e 17 anos. Colegas afirmam que sua atuação nesses casos exigia atenção constante, grande preparo emocional e profundo conhecimento técnico, características que marcaram sua carreira.

Nos últimos meses, o advogado vinha relatando situações que considerava preocupantes no tratamento destinado aos seus clientes. Esses relatos repercutiram em Brasília e foram debatidos em grupos de juristas. Pessoas próximas contaram que ele demonstrava especial sensibilidade ao tratar de questões emocionais envolvendo seus assistidos, algo frequentemente elogiado por quem convivia com ele.

A morte de Luiz Felipe acontece em meio a um contexto jurídico ainda tenso, marcado por debates sobre garantias individuais, responsabilidade profissional e consequências de casos de grande repercussão nacional. Para colegas e amigos, sua perda deixa um vazio significativo e reforça a importância de se discutir saúde mental e equilíbrio na rotina exaustiva da advocacia.

Ainda não há informações sobre velório ou cerimônias de despedida. Nas redes sociais, entretanto, diversas homenagens já foram publicadas. Advogados têm compartilhado mensagens, fotos e relatos que celebram sua trajetória — um gesto de reconhecimento em um ano repleto de instabilidade política e discussões intensas sobre justiça e democracia.

Luiz Felipe deixa um legado de firmeza, dedicação e humanidade, valores que colegas acreditam que continuarão inspirando aqueles que seguem atuando na defesa dos direitos e das garantias fundamentais.