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Abandonada pela mídia: Como vive Suzana Alves ‘a Tiazinha’ teve que entra para a… Ver mais

De chicote em punho para a Bíblia nas mãos, a mulher que provocou o imaginário de uma geração agora vive uma vida que poucos poderiam imaginar. Prepare-se para conhecer os bastidores da nova jornada de Suzana Alves.

No final dos anos 1990, ela entrava nas salas das famílias brasileiras com uma combinação irresistível de mistério, sensualidade e ousadia. Máscara, lingerie preta, cinta-liga e um chicote: essa era a “Tiazinha”, personagem que transformou Suzana Alves em um dos maiores ícones da televisão e do desejo nacional. Hoje, mais de duas décadas depois, a mulher por trás do mito protagoniza uma história radicalmente diferente — e, talvez, ainda mais impactante.

A cena agora é outra. Em vez dos holofotes do palco ou flashes de ensaios fotográficos, Suzana surge sob o sol da manhã, em sua casa, de fone de ouvido, cortando legumes em um balde. Ao lado, um caderno de anotações, um livro e a Bíblia. A legenda do clique, postado em seu perfil no Instagram, surpreende tanto quanto a imagem:

“Essa é a foto da realidade aqui em casa. Bastidores da vida real… Com muito amor e gratidão!!! Louvor, cadernos, livros, ouvindo uma palavra, enquanto tomo uma vitamina D e preparando o almoço ao mesmo tempo… Ufa. Viva a Deus pelas mulheres!!!!”, escreveu.

O tom sereno contrasta com a imagem que marcou os anos 1990. E a pergunta inevitável surge: o que levou Suzana Alves a abandonar completamente o mundo que ajudou a construir?

A desconstrução de um símbolo

No auge da fama, Suzana era presença garantida na televisão, nas bancas de revistas e nas prateleiras de brinquedos. Não era só uma personagem: era um fenômeno. A Tiazinha virou capa da revista Playboy por três vezes — a primeira edição, em 1999, vendeu impressionantes 1,2 milhão de cópias, tornando-se a segunda mais vendida da história da publicação. Sua imagem estampava chicletes, álbuns de figurinhas e até o famoso “Tamanquinho da Tiazinha”, que vinha com máscara e chicote.

Ela também teve seu próprio programa na Band, As Aventuras da Tiazinha, consolidando-se como um produto midiático completo, uma marca que movimentava milhões.

Mas, em 2000, no auge da fama, Suzana tomou uma decisão que deixaria o Brasil atônito: ela desligou as luzes do palco, guardou a máscara e iniciou uma busca pessoal por algo mais profundo. Primeiro veio a atuação em novelas, depois o reality Dancing Brasil, mas nenhuma dessas experiências foi tão transformadora quanto sua caminhada espiritual.

Um novo chamado

Em 2023, Suzana oficializou sua conversão ao evangelho e, desde então, tem usado as redes sociais para compartilhar reflexões, louvores e mensagens bíblicas. O conteúdo é simples, mas poderoso: vídeos caseiros, palavras de fé, momentos com a família, tudo permeado por uma sinceridade que cativa até quem não compartilha da mesma crença.

O que mais impressiona é a forma como ela abraça a nova vida. Não há negação de quem foi — pelo contrário. Suzana reconhece o peso do passado, mas também reforça a leveza de seu presente.

“Aquela fase fez parte da minha história. Mas hoje, encontrei um propósito que vai além do palco. Agora meu foco é inspirar, edificar e semear fé na vida das pessoas”, disse em entrevista recente.

Hoje, Suzana se apresenta como empresária, mãe e evangelizadora. E, embora os holofotes tenham se apagado, ela brilha — talvez mais do que nunca — com uma luz que vem de dentro.

A mulher por trás do mito

É difícil imaginar que a mesma figura que revolucionou a TV com sua sensualidade agora encontra prazer em tarefas cotidianas como preparar o almoço ao som de louvores. Mas é essa dualidade que torna sua jornada tão fascinante.

Ela não apagou o passado. Ela o ressignificou.

E, nesse processo, nos convida a refletir sobre os rótulos que carregamos e sobre a possibilidade real de transformação — não aquela das novelas ou dos programas de auditório, mas uma mudança genuína, silenciosa, muitas vezes solitária e, ainda assim, poderosa.

Suzana Alves, a mulher que uma geração conheceu como Tiazinha, segue surpreendendo. Não mais com a sensualidade que incendiava as telas, mas com uma fé serena que transforma corações.

E talvez, no fim das contas, essa seja sua verdadeira revolução.