Caso Soraia: Policiais revelam detalhes do momento de tensão ao prender jovem de 22 anos

A cidade de Mafra, no Planalto Norte de Santa Catarina, foi profundamente abalada por um crime que chocou toda a comunidade.

Na última segunda, dia 13 de janeiro, uma menina de apenas 4 anos foi esfaqueada dentro de sua própria casa, na Vila Ivete. A principal suspeita do crime é sua irmã de 22 anos, que foi encontrada em estado catatônico pelas autoridades.

Os policiais envolvidos no caso descreveram o cenário como uma cena de horror. Segundo o major Márcio Lopes, do 38º Batalhão da Polícia Militar, a jovem apresentava um comportamento apático, com “cara de paisagem” e sem reação aparente ao que havia acontecido.

Ele detalhou que, ao entrar no quarto onde a suspeita se refugiava, foi necessário saturar o ambiente com gás de pimenta para neutralizar o risco, já que ela ainda estava armada com duas facas.

De acordo com o delegado Eduardo Borges, a suspeita já havia demonstrado sinais de problemas psicológicos e tinha histórico de internações. Um dos policiais deu detalhe da ação:

Na ocasião do crime, os pais das jovens estavam fora, com o pai trabalhando no mercado da família, localizado ao lado da residência, e a mãe no quintal colhendo leguminosas. A jovem teria cometido o crime no quarto da irmã e, em seguida, trancou-se em seu próprio cômodo, criando uma barricada para impedir a entrada.

Após a intervenção policial, a irmã mais velha foi levada para atendimento médico e será submetida a um exame de sanidade mental.

Enquanto isso, a pequena comunidade tenta lidar com o luto e a dor, marcada pelo fechamento do mercado da família, que era um ponto de encontro dos moradores locais.

A tragédia deixou uma marca indelével em Mafra, com a perda de uma criança que era descrita como carismática e cheia de vida. Para os policiais, lidar com um caso envolvendo transtornos mentais foi um desafio delicado, intensificando ainda mais o pesar na cidade.