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Mãe e padrasto tiraram a vida de menina de 3 anos e passearam o corpo dela em carrinho de bebê por 3 dias, visitando lojas e um bar

O caso chocante gerou uma onda de comoção.

Mãe e padrasto tiraram a vida de menina de 3 anos e passearam com o corpo dela em carrinho de bebê por 3 dias, inclusive a levaram para fazer compras. O tribunal em Ipswich, no Reino Unido, ouviu detalhes estarrecedores sobre a morte de Isabella Wheildon, uma menina de apenas dois anos.

A criança foi vítima de abusos cometidos por Scott Jeff, 24 anos, e sua própria mãe, Chelsea Gleason-Mitchell, também de 24 anos. O julgamento revelou que Isabella foi submetida a uma crescente série de agressões que culminaram em sua morte no dia 26 de junho do ano passado, enquanto estava sob os cuidados do casal em uma unidade de acomodação temporária em Suffolk.

De acordo com a promotora Sally Howes KC, Jeff espancava repetidamente Isabella e a submetia a banhos frios como forma de punição. A mãe, que era enfermeira de berçário, observava as agressões sem intervir, mesmo diante dos evidentes sinais de violência que a menina apresentava, como múltiplas fraturas e lesões nos tecidos moles.

Após a morte de Isabella, o casal manteve o corpo da menina em um carrinho de bebê por três dias, saindo para compras e até visitando um pub local. Câmeras de segurança mostraram os dois empurrando o carrinho com o corpo inerte da criança, que estava coberto por cobertores e com o capuz levantado para disfarçar.

A promotoria ainda relatou que Jeff e Gleason-Mitchell levaram o corpo de Isabella a um posto de gasolina logo após a morte e continuaram suas atividades como se nada tivesse acontecido.

Eles foram flagrados comprando limonada e mais tarde, no dia 29 de junho, levaram o corpo para o centro da cidade de Ipswich, visitando lojas onde adquiriram equipamentos para videogames.

Apenas em 30 de junho, a polícia encontrou o corpo de Isabella no chuveiro de um banheiro anexo ao quarto onde estavam hospedados, após uma amiga de Gleason-Mitchell receber uma mensagem da mãe da menina informando sobre o falecimento e sugerindo que estavam planejando enterrar a criança para evitar problemas legais.

O caso, que gerou comoção e revolta, traz à tona a gravidade das circunstâncias em que Isabella vivia desde que Jeff começou um relacionamento com Gleason-Mitchell em maio de 2023. Segundo a promotoria, Isabella era uma menina saudável e feliz até a entrada de Jeff na vida da mãe.

Desde então, ela foi submetida a um “regime de brutalidade crescente”, culminando em sua morte por embolia da medula óssea, causada pelo deslocamento de fragmentos de fraturas que obstruíram sua capacidade de respirar.

O tribunal também ouviu depoimentos sobre o comportamento negligente do casal. Relatos apontam que Gleason-Mitchell e Jeff deixavam Isabella sozinha no quarto por longos períodos enquanto saíam para fumar maconha.

Em uma ocasião, um adolescente que estava no mesmo hotel testemunhou Jeff dando tapas no rosto de Isabella e colocando-a no chuveiro como castigo, enquanto Gleason-Mitchell permanecia indiferente. O julgamento, que deve durar de seis a oito semanas, busca trazer justiça para Isabella e avaliar a extensão da responsabilidade de cada um dos acusados.

O caso serve como um alerta para a importância de se identificar sinais de violência e negligência, especialmente contra crianças, e reforça a necessidade de intervenção e proteção dos mais vulneráveis na sociedade.