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Familiares de vítimas mortas na BR-376 estavam em outro carro e viram acidente

Carro foi prensado entre duas carretas

Nada prepara uma família para o desespero absoluto de acompanhar, em tempo real, um veículo querido ser esmagado na estrada, com gritos ecoando pelo rádio ou pelo celular enquanto parentes próximos desaparecem em meio a ferragens retorcidas. Na manhã desta quarta, dia 19 de novembro de 2025, esse cenário se materializou na BR-376, no quilômetro 621, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Uma família que saíra de Assaí, no Norte do Paraná, seguia em comboio rumo a Itapema, em Santa Catarina, para aproveitar o feriado prolongado.

Dois carros atrás, parentes e amigos viram o Nissan Versa, que levava cinco ocupantes, ser prensado violentamente entre duas carretas de grande porte, em uma frenagem coletiva repentina na pista da esquerda, sentido sul.

No veículo destruído viajavam uma mulher, seu genro e uma amiga, que não resistiram aos ferimentos e faleceram no local. Os outros dois ocupantes foram retirados em estado grave e levados às pressas para hospitais da região.

Quem seguia nos carros seguintes assistiu a tudo, impotente, enquanto o caminhoneiro Danilo de Miranda, responsável por uma das carretas carregadas rumo a Joinville, relatava a sequência implacável: “O trânsito estava fluindo normal, a fila parou de repente. Eu segurei o quanto consegui, mas a carreta da frente travou, a minha arrastou e atingiu o carro.”.

O impacto bloqueou completamente a pista principal, desviando o fluxo para a marginal e gerando filas extensas nos dois sentidos. Apenas horas depois o tráfego começou a normalizar parcialmente.

A Polícia Rodoviária Federal e equipes de resgate atuaram no local, enquanto a perícia busca esclarecer se distrações, distância insuficiente ou o declive característico do trecho contribuíram para a colisão em cascata.

Esse episódio reforça como viagens em grupo, comuns em feriados, podem virar testemunho vivo de perdas instantâneas. Manter distância maior de veículos pesados, reduzir velocidade em áreas de risco e sinalizar qualquer redução brusca são atitudes que, somadas, poderiam poupar famílias de viver o indizível: ver entes queridos partirem diante dos próprios olhos.