Adolescente não resiste após forte reação a alimento comum comprado em shopping no interior de SP

Reações alérgicas severas podem surgir de forma repentina e fulminante, desencadeando um processo chamado anafilaxia que fecha as vias aéreas, derruba a pressão sanguínea e interrompe o funcionamento do coração em minutos, levando uma pessoa completamente saudável ao risco imediato de morte mesmo com socorro rápido ao redor.

Heloísa de Oliveira Cardoso, uma adolescente de 17 anos cheia de vitalidade, passava uma manhã comum no Shopping Jaraguá, em Araraquara, interior de São Paulo, quando decidiu experimentar um macaron, aquele doce francês delicado e colorido feito à base de farinha de amêndoas.

Poucos instantes após a primeira mordida, na última quarta, dia 12 de novembro, ela começou a sentir os efeitos avassaladores da alergia: falta de ar intensa, inchaço rápido e colapso circulatório que evoluiu para parada cardiorrespiratória bem na área de alimentação do centro comercial.

Testemunhas e funcionários agiram com rapidez impressionante. Brigadistas e bombeiros civis do próprio shopping iniciaram os primeiros socorros, enquanto duas ambulâncias do Samu e uma equipe do Corpo de Bombeiros chegaram em sequência.

Por mais de 40 minutos, médicos e paramédicos se revezaram em massagens cardíacas e ventilação na entrada da loja, conseguindo reanimá-la o suficiente para transportá-la intubada e em estado crítico ao Hospital São Paulo.

Lá, Heloísa lutou durante seis dias na UTI, mas as sequelas da anafilaxia foram implacáveis e ela não resiste, falecendo na noite desta segunda, 17 de novembro. O Shopping Jaraguá destacou em nota que mantém equipes altamente capacitadas para emergências e que o atendimento inicial foi imediato até a chegada das autoridades médicas.

O caso reacende o alerta sobre alergias alimentares ocultas, especialmente a castanhas e amêndoas, ingredientes comuns em sobremesas sofisticadas que muitas vezes não vêm com avisos claros. Milhares de pessoas convivem com sensibilidades graves sem imaginar que um doce aparentemente inofensivo pode ativar uma resposta imunológica tão violenta.

Heloísa, moradora de Nova Europa, deixa pais, amigos e uma comunidade escolar consternada. Seu corpo está sendo velado no Velório Municipal da cidade e será sepultado às 16h desta terça, dia 18 de novembro no Cemitério local.