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Desafio on-line tirou a vida de mais um adolescente; vítima foi identificada

O caso serve de alerta para os pais e responsáveis pelos menores.

Práticas perigosas difundidas entre adolescentes por meio de redes sociais e grupos de amigos têm se tornado motivo de alerta em diversos países, sendo assim, este caso serve para chamar a atenção dos pais e responsáveis.

Entre esses comportamentos está a inalação de aerossóis, conhecida em alguns lugares como chroming, que consiste no uso indevido de produtos domésticos com finalidade de provocar alteração de consciência.

Autoridades sanitárias alertam que substâncias presentes nesses itens, como butano, podem provocar alterações súbitas no ritmo cardíaco e interrupção da atividade cerebral mesmo em doses pequenas, sobretudo em jovens.

No condado de Greater Manchester, na Inglaterra, um garoto de 12 anos foi encontrado pela mãe em seu quarto, sem responder a estímulos. Ele havia ido ao cômodo para descansar após chegar de viagem com a família.

A mãe acionou o socorro e o menino chegou a ser levado ao hospital; no entanto, não voltou a recobrar a consciência. No quarto, além de um frasco caído ao lado da cama, havia outros recipientes de aerossol espalhados.

As autoridades conduziram um inquérito por meio do Tribunal do Legista de South Manchester, que concluiu que o óbito decorreu da inalação de butano. Nas diligências, surgiram relatos de que o menor poderia estar enfrentando episódios de bullying, inclusive com ofensas relacionadas à aparência.

O pai relatou que as dificuldades no ambiente escolar vinham influenciando o comportamento do filho, que teria se tornado mais isolado com o passar do tempo. Casos como esse evidenciam a urgência de campanhas educativas voltadas ao uso responsável de produtos domésticos e à prevenção de desafios virais que têm potencial de causar danos imediatos.

Organizações de saúde reforçam que famílias e escolas devem manter diálogo contínuo sobre riscos ocultos em comportamentos aparentemente banais, monitorar mudanças bruscas de humor e procurar apoio psicológico quando houver sinais de isolamento, exposição a humilhações ou adoção de práticas experimentais com substâncias.

A combinação de intervenções precoces, acolhimento emocional e informação baseada em evidências é apontada como uma das estratégias mais eficazes para reduzir ocorrências semelhantes.