Falece o ator, dublador,, radialista e humorista…Ver mais
José Santa Cruz Na noite da última sexta-feira, 26, o Rio de Janeiro perdeu um ícone das artes: José Santa Cruz, renomado ator, dublador, radialista e humorista, aos 95 anos. A triste notícia foi compartilhada por seu bisneto, o também dublador Ivan Santa Cruz, em uma postagem nas redes sociais.
“Hoje recebi a notícia de que o senhor não está mais entre nós, Vô. Espero que saiba, de onde está, que foi minha maior inspiração no mundo da dublagem e um grande sábio que marcou muitos. Que descanse em paz, vô”, escreveu Ivan Santa Cruz no Instagram, ao compartilhar registros do artista.
O veterano José Santa Cruz ganhou destaque nacional por emprestar sua voz a grandes personagens, como Dino de “A Família Dinossauro”, Magneto de “X-Men” e Hagrid de “Harry Potter”, entre outros. Na Rede Globo, participou de produções como “Zorra”, “Zorra Total” e a novela “Espelho da Vida”.
José Santa Cruz sofria de doença de Parkinson e estava internado para tratar uma broncopneumonia. Deixa sua esposa, Ivane Maria Mendes Bastos, com quem foi casado por mais de sete décadas, além de três filhos, cinco netos e quatro bisnetos. O velório será realizado neste sábado, às 13h, no Cemitério da Penitência, no bairro do Caju, zona portuária do Rio de Janeiro.
Quem foi José Santa Cruz?
Nascido em Picuí, Paraíba, o ator deu início à sua carreira artística aos dezoito anos, substituindo um amigo em uma rádio. Desde então, não parou mais. Sua estreia na televisão ocorreu em 1960, na inauguração da TV Clube, e em 1963 mudou-se para a TV Tupi, onde iniciou sua trajetória como dublador antes de ingressar na TV Globo, em 1971.
Sua voz icônica deu vida ao bordão “Querida, cheguei”, proferido pelo pai da ‘Família Dinossauros’, tornando-se um sucesso nos anos 1990. Na Globo, participou de diversas produções, como ‘Alô, Brasil!’, ‘Aquele Abraço’, ‘Zé das Mulheres’, ‘O Bem Amado’, ‘A Festa É Nossa’, ‘Zorra Total’ e ‘Espelho da Vida’, seu papel mais recente na emissora.
Em 2015, atuou na série ‘Os Experientes’ e compartilhou sua visão sobre a profissão de ator: “Não há dificuldade nenhuma para mim em fazer algo que é sentido, seja o riso, seja o choro. É um sentimento humano, não vejo diferença entre fazer rir demais ou chorar demais. É o papel do ator, o ator tem que estar preparado para tudo isso. Eu sempre trabalhei no humor, e é importante fazer papéis mais sérios também. O comediante pode ser um dramático, de repente. E isso faz parte do ofício, um ator tem que ser completo. E eu amo o que faço, seja rir ou chorar”.