Notícias

Ex-delegado-geral de SP já havia demostrado receio pela própria segurança: ‘Sabem onde moro’

Ruy Ferraz foi alvo de emboscada e executado.

Na noite desta segunda-feira (15/09), as autoridades de São Paulo confirmaram que o ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi assassinado a tiros, vítima de uma emboscada.

Ruy estava em Praia Grande, litoral sul de São Paulo, quando foi surpreendido pelos criminosos. A polícia investiga o crime e suspeita que a vítima tenha sido executada por ordens do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O principal motivo por trás da linha de investigação da polícia é o histórico de Ruy Ferraz. Por anos, o ex-delegado-geral esteve na linha de frente do combate ao grupo criminoso e foi responsável por prisões de grande relevância.

O crime foi flagrado por câmeras de segurança e mostram a violência com a qual agiram os criminosos. Ruy, aparentemente em fuga, bateu em dois ônibus e capotou com o carro que conduzia. Ainda assim, os criminosos se aproximam do carro e disparam a queima-roupa.

No início dos anos 2000, Ruy comandada a Delegacia de Roubo a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Ele foi o primeiro delegado a abrir investigação contra a atuação do PCC em São Paulo.

Dentre as prisões realizadas por Ruy Ferraz, se destaca a prisão de como Marcos Willians Herbas Camacho, o “Marcola” – apontado como uma das lideranças do PCC. Ruy Ferraz também foi responsável por indiciar a esposa de Marcola.

Ruy já havia sido vítima de crimes outras vezes. O mais recente, que chegou a ser notícia no estado, foi um assalto em 2023, em Praia Grande. Na época, em entrevista ao Estadão, revelou preocupação em relação a sua segurança.

“Eu combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro. Minha família, agora, quer que eu deixe o emprego em Praia Grande e saia de São Paulo”, disse.