Mɒrre querido Padre João Gomes conhecido por seu relacionamento com o…Ver mais

A madrugada de domingo (24) começou silenciosa em Minas Gerais, mas rapidamente foi marcada por uma notícia que se espalhou entre comunidades religiosas, fiéis e amigos. O fato, ocorrido em Belo Horizonte, envolveu uma figura bastante conhecida e respeitada, cuja trajetória se confundia com dedicação, missão e fé inabalável.
Nas primeiras horas da manhã, notas oficiais começaram a circular em diferentes canais. Algumas instituições ligadas à Igreja se manifestaram, e aos poucos o tom de pesar tomou conta de diversas regiões. Não se tratava apenas de uma perda para uma cidade específica, mas de algo que alcançava comunidades de Minas, do Brasil e até mesmo de outros países onde o missionário havia deixado sua marca.
O clima de consternação foi reforçado pela rapidez com que a notícia se espalhou. Fiéis lembravam de momentos de convivência, de missas, celebrações e até trabalhos sociais que, de forma direta ou indireta, tinham recebido sua presença. Colegas de vocação recordavam histórias vividas em diferentes missões, ressaltando sempre a alegria e a entrega com que desempenhava cada tarefa.
Nos bastidores da Igreja, sabiam-se das dificuldades enfrentadas nos últimos meses. A luta contra uma doença exigia tratamento intenso, que incluía sessões de rádio e quimioterapia. Ainda assim, em cada mensagem dirigida às comunidades, havia sempre a tentativa de transmitir esperança e confiança em Deus, mesmo em meio ao sofrimento.
Essa postura fortalecia os que o acompanhavam e servia de exemplo de resiliência.
Apesar de toda a fé e da dedicação ao cuidado espiritual, a saúde vinha exigindo cuidados médicos constantes. A internação mais recente ocorreu na segunda-feira anterior, quando foi submetido a um procedimento cirúrgico.
A expectativa era de recuperação, mas complicações no pós-operatório mudaram o rumo dos acontecimentos. A notícia do desfecho abalou a todos.
A confirmação veio acompanhada de manifestações de solidariedade. Autoridades locais, líderes religiosos e até representantes da administração pública divulgaram mensagens em memória do sacerdote.
Um bispo destacou que sua vida foi marcada pela vocação e pela entrega total à missão. Em outra nota, uma congregação religiosa agradeceu a Deus pelo dom de sua vida e pela fidelidade ao carisma que abraçou. Já uma prefeitura enfatizou a importância dele como figura espiritual dentro da comunidade, prestando homenagem em nome de toda a população.
Muitos lembraram também de sua passagem por diferentes estados brasileiros, onde desempenhou funções pastorais e missionárias. Seu trabalho não se restringiu ao território nacional: ele esteve em missões no exterior, levando consigo não apenas o Evangelho, mas também uma postura de acolhida, diálogo e serviço.
Além da presença nas paróquias, teve atuação na comunicação religiosa, chegando a dirigir uma emissora de televisão que marcou época na região.
Somente então, diante das homenagens e dos relatos, o anúncio foi feito de forma clara: quem partiu foi o padre João Lúcio Gomes Benfica
, aos 59 anos, após complicações decorrentes de um câncer. O velório e sepultamento acontecem em Manhumirim, cidade onde sua caminhada sacerdotal começou e onde agora fiéis se reúnem para sua última despedida.