Encontro entre jovens amigos no MT termina em morte trágica de adolescente: “Ele beb…Ver mais

A tranquilidade do município de Aripuanã, no interior do Mato Grosso, foi abalada por uma tragédia que deixou familiares e amigos em choque. No último domingo, 24 de agosto, a cidade amanheceu de luto pela morte de Léo Crystian Lima Silva, de apenas 14 anos, vítima de afogamento durante uma festa de aniversário.
O caso aconteceu em uma chácara da região, onde o jovem participava de uma confraternização com amigos e familiares. O clima de alegria e descontração, típico de uma festa de aniversário, deu lugar ao desespero quando Léo, que nadava no rio junto a outras crianças, começou a se afogar.
Segundo relatos colhidos pela Polícia Civil, no início ninguém percebeu a gravidade da situação. As crianças, acostumadas a brincadeiras na água, pensaram que o amigo estava apenas se divertindo.
Somente quando notaram que o adolescente não voltava à superfície é que o pânico tomou conta do grupo.
Desesperados, correram até a sede da propriedade para avisar os adultos. Familiares e vizinhos iniciaram buscas improvisadas pelo local enquanto acionavam as autoridades. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros chegaram pouco tempo depois, montando uma operação de resgate com mergulhadores especializados.
As buscas, que se prolongaram por horas, terminaram de forma trágica. O corpo de Léo foi encontrado a aproximadamente 15 metros de profundidade e a cerca de 20 metros do ponto onde havia sido visto pela última vez. A confirmação da morte trouxe uma comoção ainda maior à comunidade, que agora tenta entender como um momento de diversão terminou de maneira tão dolorosa.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o local do afogamento tem áreas de correnteza e buracos profundos, características comuns de rios da região amazônica. Esses fatores podem ter contribuído para a dificuldade de Léo em retornar à superfície. O corpo foi encaminhado à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), onde passou pelos procedimentos legais antes de ser liberado para velório e sepultamento.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as circunstâncias do acidente. A principal hipótese é de que se tratou de uma fatalidade, mas a investigação busca esclarecer todos os detalhes para que tragédias semelhantes possam ser prevenidas.
A morte de Léo acendeu um alerta sobre os riscos de mergulhos em rios sem supervisão adequada.
Especialistas em segurança aquática reforçam que, mesmo em ambientes aparentemente seguros, a presença de um adulto preparado para agir em emergências é fundamental. Acidentes como este, infelizmente, são mais comuns do que se imagina: dados recentes do Ministério da Saúde indicam que o afogamento está entre as principais causas de morte acidental de crianças e adolescentes no Brasil.
Nesta segunda-feira, amigos de escola e moradores de Aripuanã se reuniram para prestar homenagens. Em frente à escola onde Léo estudava, flores e mensagens de despedida foram colocadas no portão. “Era um menino alegre, querido por todos. A dor é imensa”, disse uma professora da rede municipal.
A tragédia que vitimou Léo deixa uma marca de tristeza, mas também um importante lembrete sobre a necessidade de cuidados redobrados ao brincar ou nadar em rios e lagos. Em Aripuanã, a memória do adolescente permanece viva, e o luto de sua família ecoa por toda a cidade, que se mobiliza para apoiar quem mais sofre neste momento difícil.