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Morte de jovem após reação a ‘contraste’ acende alerta e polícia de SC entra no caso

O caso chocou os familiares e amigos.

A morte de Letícia Paul, de 22 anos, trouxe grande repercussão em Rio do Sul (SC) e levantou questionamentos sobre os riscos associados ao uso de contraste em exames médicos.

A jovem sofreu um choque anafilático durante a realização de uma tomografia no Hospital Regional Alto Vale e, apesar de ter sido entubada após o procedimento, não resistiu e faleceu menos de 24 horas depois, na quarta-feira (20).

A Polícia Civil abriu investigação para esclarecer as circunstâncias e avaliar possíveis responsabilidades. De acordo com familiares, a causa da morte foi a reação alérgica grave desencadeada pelo contraste utilizado.

A corporação solicitou os prontuários médicos e planeja ouvir testemunhas para compreender todos os detalhes do atendimento. Até o momento, não há uma linha de investigação definida.

Em nota, o hospital informou que colabora com as autoridades, fornecendo os documentos solicitados e reforçando que segue protocolos clínicos de segurança.

O corpo da jovem foi velado na Casa Mortuária Jardim Primavera e posteriormente levado para o Crematório Vaticano, em Balneário Camboriú. Para assistir ao vídeo CLIQUE AQUI!

A perda gerou forte comoção entre familiares e amigos, que destacaram que Letícia realizava o procedimento de forma rotineira, sem histórico de intercorrências graves anteriores.

Especialistas ressaltam que reações como a que ocorreu com a jovem são extremamente raras. A alergista e imunologista Jane da Silva, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explica que choques anafiláticos durante exames com contraste representam menos de 0,01% dos casos.

Ainda assim, podem evoluir rapidamente e comprometer diferentes órgãos, provocando falta de ar, queda de pressão, alterações cardíacas e, em situações mais graves, parada cardiorrespiratória.

O caso chama a atenção para a importância de protocolos de prevenção, monitoramento durante os exames e preparo das equipes médicas para lidar com situações emergenciais.

A investigação em andamento busca esclarecer se houve falha em algum procedimento e reforça o debate sobre segurança em ambientes hospitalares diante de reações imprevisíveis.